Governo norte-coreano contrata mil chineses para ter torcida na Copa

O lacrado regime comunista da Coreia do Norte encontrou uma inusitada fórmula capitalista para dar à seleção de seu país uma torcida na Copa do Mundo da África do Sul. Como os cidadãos norte-coreanos são proibidos de deixarem o território da nação mais fechada do mundo e ainda possuem muito pouco dinheiro para viajar, o Governo resolveu contratar mil chineses para claque no Mundial.
O jeitinho das autoridades norte-coreanas foi criar, bem ao seu estilo, o "Exército de Torcedores Voluntários", distribuindo nesta sexta-feira, em Pequim, os mil ingressos que recebeu da Fifa. Só não se sabe ainda quem pagaria o voo e a hospedagem dos chineses, que teriam mesmo de escolher outra seleção para torcer este ano, já que sua seleção não conseguiu se classificar. O acerto teria sido feito com o governo chinês durante a visita de Kim Jon-il, ditador norte-coreano, na semana passada.
E os jogadores norte-coreanos ficarão sem torcida inclusive em casa, pelo menos no momento em que estiverem enfrentando Brasil, Portugal e Costa do Marfim, adversários do Grupo G na primeira fase. Isto porque o governo também impedirá a transmissão ao vivo dos jogos para o país.
Outro problema que a Coreia do Norte precisou resolver para a Copa, foi com relação aos uniformes da seleção. Grandes marcas esportivas se negaram a associar seus nomes à equipe de um país que não respeita as liberdades individuais. Com isso, foi contratada uma pequena confecção no interior da Itália, e a estreia da nova camisa será contra o Brasil, dia 15 de junho.
O Globo
Foto: Arquivo