A equipe de Chapecó fez a melhor campanha geral na competição. E só não marcou gol no jogo de ida da final, diante do Tigre, em Criciúma, na derrota por 1 a 0. Precisando da vitória, o Verdão foi guerreiro e buscou o resultado. O título acaba com o tabu do técnico Mauro Ovelha depois de ser quatro vezes vice-campeão estadual.
Pressão do Tigre
A Chapecoense precisava da vitória, mas quem tomou a iniciativa no jogo foi o Criciúma. Com maior domínio de bola, o Tigre rondava a área do Verdão a todo momento. Só que foi o Verdão quem assustou primeiro. Aos seis minutos, em cobrança de falta perto da área, Thoni encontrou Aloísio entrando pela lateral. Na hora do chute, o atacante furou em bola.
Aos 12, em contra-ataque rápido, outra vez o artilheiro da Chapecoense entrou na área e chuta forte. A bola explodiu na trave e foi para fora.
O técnico Edson Gaúcho precisou fazer uma troca logo aos 17 minutos . Nirley, lesionado, saiu para a entrada de Rogélio. Aos 22, a primeira grande chance do Criciúma surgiu dos pés de Roni. O garoto criador de jogadas do Tigre cobrou falta direto para o gol e a zaga afastou. A bola passou muito perto. Na resposta, em contra-golpe rápido, Neílson chutou cruzado e Andrey tentou a defesa. A bola escapou e Carlinhos Santos salvou o Tigre quase embaixo da trave.
A Chapecoense conseguiu equilibrar a posse de bola nos últimos minutos da etapa inicial. Aloísio outra vez chegou na área com a bola dominada. Ele chutou cruzado no canto e Andrey se atrapalhou ao bater na trave na hora da defesa. A bola acabou escapulindo para fora. O Verdão ainda teve outra oportunidade aos 43 minutos. Neílson chutou forte e Andrey defendeu e soltou na frente da área, mas ninguém estava lá para pegar o rebote.
Verdão volta melhor
No retorno do intervalo, o técnico Mauro Ovelha colocou Everton Cezar no lugar de Everton Garroni. E o Verdão conseguiu ser mais efetivo em campo. Logo aos três minutos, Aloísio, pelo lado direito, passou por dois jogadores e chutou. A zaga cortou. No contra-ataque, Diogo Oliveira foi carregando a bola, encontrou espaço e bateu na entrada da área com força. Rodolpho defendeu.
Aos nove minutos, Diogo Roque cabeceou depois de cobrança de escanteio. Andrey não segurou e a zaga outra vez afastou. Em seguida, outra vez Diogo Roque arriscou. Desta vez de longe. A bola passou perto do travessão de Andrey.
Só dava pressão do Verdão no segundo tempo. Aos 11 minutos, outras duas oportunidades seguidas foram perdidas. Primeiro com Neílson, em chute de dentro da área. Andrey fez grande defesa. Na sobra, Everton Cezar, livre, chutou para fora.
Aos 14, Aloísio chegou quase no risco do pênalti, tentou o chute e a bola espirrou na marcação. Na sobra, Neílson bateu de perna esquerda e Andrey fez uma grande defesa mandando a bola pela linha de fundo.
Gol contra dá a taça
O Tigre conseguiu assustar a meta de Rodolpho novamente aos 21. Schwenck ficou cara a cara com o goleiro depois de bobeira da zaga do Verdão. Ele bateu para fora. Foi então que o técnico Mauro Ovelha colocou em campo o meia Neném no lugar do zagueiro De Lazzari. Na primeira participação, ele cobrou falta para a área do Tigre aos 23 minutos. O capitão Carlinhos Santos tentou afastar de cabeça e cabou mandando contra a própria meta. Gol da Chapecoense e que dava a vantagem novamente para os guerreiros do Índio Condá.
Com o placar desfavorável, o Criciúma voltou a buscar o ataque. Só que a defesa da Chapecoense levou a melhor. Com o apoio dos torcedores, que incendiaram o estádio após o gol, o Verdão foi só superação. E fez o tempo passar para, pela quarta vez na história, levantar a taça de melhor clube de Santa Catarina.
A FICHA
CHAPECOENSE
Rodolpho; Dema, De Lazzari (Neném) e Diogo Roque; Thoni, Everton Garroni (Everton Cezar), Marcos Alexandre, Cléverson (Kleber Goiano) e Badé; Neilson e Aloísio.
Técnico: Mauro Ovelha
CRICIÚMA
Andrey; Fábio Santana (Talles Cunha), Nirley (Rogélio), Toninho e Pirão; Carlinhos Santos, Mika (Pedro Carmona), Henik e Diogo Oliveira; Roni e Schwenck
Técnico: Edson Gaúcho
Gol: Carlinhos Santos (contra) aos 23 minutos do segundo tempo para a Chapecoense
Arbitragem: Paulo Henrique de Godoi Bezerra auxiliado por Kleber Lúcio Gil e Marco Antonio Martins
Cartão amarelo: De Lazzari, Thoni, Cléverson e Neném (Chapecoense); Fábio santana, Rogélio, Pirão, Mika, Roni e Schwenck
Local: Índio condá, em Chapecó
clicRBS.com.br
Foto: Flávio Neves
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