quinta-feira, 24 de junho de 2010

Itália é eliminada pela Eslováquia

Pouca gente queria acreditar. Muitos achavam que a tradição italiana falaria mais alto. No final das contas, o fraco time da Itália, que nem de perto fez por merecer a defesa do título, acabou mesmo eliminado da Copa do Mundo. Por outro lado, nesta quinta-feira, no estádio Ellis Park, em Joanesburgo, a Eslováquia, ao vencer por 3 a 2, garantiu uma inédita classificação para as oitavas de final.
Desde 2002 o atual campeão mundial não caía logo no início da disputa. E desde 1974 a Azzurra não caía na primeira fase.
Com isso, o Grupo F classificou o Paraguai, que ficou no 0 a 0 com a Nova Zelândia, em primeiro lugar com cinco pontos, e os eslovacos na segunda posição, com quatro pontos. Os neozelandeses, com três pontos, terminaram à frente dos italianos.
A partida começou como todos esperavam, com muita marcação e poucas jogadas ofensivas. Com 15 minutos, nenhuma chance de gol clara apareceu.
Só que aos 24, a Eslováquia abriu o placar. Daniele de Rossi saiu jogando errado e Jurak Kucka, na intermediária, roubou a bola e tocou rápido para Robert Vittek. O atacante, da entrada da área, bateu no canto, sem chances para Federico Marchetti.
E mesmo com a vantagem no placar, os eslovacos seguiam no ataque. Aos 34 minutos, Zedenko Strba arriscou de muito longe e obrigou Marchetti a fazer uma grande defesa. Acuada, a Itália não conseguia sair da defesa, e quando saía, era facilmente desarmada pela defesa da equipe do Leste Europeu.
Tanto que os italianos quase empataram em uma jogada protagonizada pela defesa eslovaca. Após cruzamento, aos 40 minutos, Martin Skrtel cabeceou e a bola passou raspando o travessão de Jan Mucha. Só que no final do primeiro tempo, Vittek ajeitou para Kucka que, de primeira, mandou uma bomba de fora da área, que assustou Marchetti.

No intervalo, o técnico Marcello Lippi fez duas alterações: sacou Domenico Criscito e Gennaro Gattuso e colocou em campo Christian Maggio e Fabio Quagliarella. A Itália, mesmo assim, voltou apagada ainda, e o treinador, com dez minutos, promoveu a estreia de Andrea Pirlo na Copa, no lugar do inoperante Riccardo Montolivo.
Finalmente, aos 17 minutos, Antonio di Natale, de fora da área, colocou a bola com categoria no canto, mas Mucha defendeu – com algum trabalho. Quatro minutos depois, uma chance incrível. Simone Pepe cruzou da direita, o goleiro eslovaco desviou e a bola sobrou para Quagliarella, que dominou no peito e chutou forte. Skrtel, em cima da linha, salvou com o joelho.
Com os italianos no ataque, o contra-ataque estava aberto para a Eslováquia. A primeira oportunidade criada e desperdiçada dessa maneira veio com Miroslav Stoch, aos 24 minutos, chutando de fora. Porém, o segundo gol eslovaco saiu em uma jogada de bola parada, quatro minutos depois. Hamsik cobrou escanteio da direita e a defesa devolveu a bola para ele que, de primeira, bateu para a pequena área e Vittek, artilheiro da partida e agora do Mundial ao lado de Gonzalo Higuaín com três gols, apenas desviou.
A Itália descontou pouco tempo depois, aos 35, em uma boa jogada do ataque. Quagliarella tabelou com Vincenzo Iaquinta na meia-lua e chutou para defesa de Mucha. A bola sobrou para Di Natale que apenas teve o trabalho de empurrá-la para o fundo do gol. O empate veio na sequência, com Quagliarella, mas o árbitro Howard Webb anulou em uma decisão que ainda vai gerar muita confusão.
E aos 43, toda esperança italiana morreu. Kamil Kopunek, que acabara de entrar, recebeu um passe em cobrança de lateral, passou por trás da defesa e tocou por cima de Marchetti. A partida só não foi definida aí, porque aos 46, Quagliarella, da entrada da área, marcou um golaço, com um toque de categoria por cima de Mucha.
Pepe, já aos 49 minutos, teve uma última chance, na pequena área, mas mandou para fora. Final trágico para a atual campeã mundial.

Ficha técnica
Eslováquia 3x2 Itália
Local: estádio Ellis Park, Joanesburgo
Data: 24/06, quinta-feira
Árbitro: Howard Webb (ING)
Público: 53.412
Gols: Robert Vittek aos 24’/1T e aos 28’/2T e Kamil Kopunek aos 43’/2T (Eslováquia); Antonio di Natale aos 35’/2T e Fabio Quagliarella aos 48'/2T (Itália)
Cartões amarelos: Zedenko Strba, Robert Vittek, Peter Pekarik e Jan Mucha (Eslováquia); Fabio Cannavaro, Giorgio Chiellini, Simone Pepe e Fabio Quagliarella (Itália)
Eslováquia
1-Jan Mucha, 2-Peter Pekarik, 3-Martin Skrtel, 16-Jan Durica e 5-Radoslav Zabavnik; 6-Zedenko Strba (Kamil Kopunek aos 41’/2T), 19-Juraj Kucka, 15-Miroslav Stoch, 17-Marek Hamsik e 11-Robert Vittek (9-Stanislav Sestak aos 47’/2T); 18-Erik Jendrisek (22-Martin Petras aos 48’/2T). Técnico: Vladimir Weiss.
Itália
12-Federico Marchetti; 19-Gianluca Zambrotta 5-Fabio Cannavaro, 4-Giorgio Chiellini e 3-Domenico Criscito (2-Christian Maggio no intervalo); 6-Daniele De Rossi, 8-Gennaro Gattuso (18-Fabio Quagliarella no intervalo) e 22-Riccardo Montolivo (21-Andrea Pirlo aos 10'/2T); 10-Antonio di Natale, 7-Simone Pepe e 9-Vincenzo Iaquinta. Técnico: Marcelo Lippi.
Trivela.com
Foto: Agência Reuters

3 comentários:

  1. É amigo é o segundo que se vai, os finalistas estão surpreendendo.
    Abraços forte

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  2. Roberto,eu até fiquei triste pq a Itália saiu.Meu Papa é italiano...agora só restou o Brasil.
    Bjos

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  3. Amigo Roberto, esse jogo eu assisti, e devo confessar que fiquei decepcionado com a atuação da Itália, que~já não estava bem, e nem se esforçou para melhorar. Parabéns pela postagem. Abraços. Roniel.

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