O resultado positivo construído pelos gols de David Villa, que chegou ao terceiro e assumiu a artilharia do Mundial ao lado de Higuaín (Argentina) e Vittek (Eslováquia), e Andrés Iniesta deixou a Espanha com seis pontos após dois jogos, alcançando a mesma pontuação dos chilenos - a Fúria terminou à frente devido ao critério de saldo de gols (quatro contra um).
Somada à classificação, a Espanha encontrou outro motivo para comemorar nesta sexta-feira. A ponta no grupo H fez a atual campeã europeia escapar de um confronto diante do Brasil. Nas oitavas de final, a Fúria fará o clássico ibérico contra Portugal na terça-feira, às 15h30 (de Brasília), na Cidade do Cabo. Já o Chile disputará o duelo sul-americano contra a equipe de Dunga na próxima segunda-feira, a partir das 15h30, em Johanesburgo.
O jogo - Em virtude de as duas equipes apresentarem características bem ofensivas, a partida entre Chile e Espanha começou em um ritmo acelerado, com os europeus tentando impor o seu jogo. Apostando na velocidade da dupla de ataque Fernando Torres e David Villa, a Fúria tomou a iniciativa e mostrou maior agressividade nos primeiros minutos.
Logo aos quatro minutos, depois de um longo lançamento, Torres invadiu a área, mas acabou desarmado no momento do arremate. O susto acordou os sul-americanos, que criaram, de fato, a primeira oportunidade do jogo aos dez. Após bom passe de Valdívia, Beausejour cruzou na medida para Mark González. Completamente livre dentro da área, o meia chileno escorregou e arrematou para longe da meta de Casillas.
Depois de um bom início, o confronto caiu de ritmo e a Espanha, veloz nos instantes iniciais, pecou pela lentidão no ataque. Mas, devido a um erro grave do goleiro Bravo, a Fúria conseguiu abrir o placar. Aos 25 minutos, o camisa 1 chileno tentou afastar de carrinho um lançamento longo para Fernando Torres e chutou a bola no pé de David Villa. Com muita categoria, o jogador do Barcelona chutou de canhota, da intermediária pelo lado esquerdo, e balançou as redes.
O tento trouxe tranquilidade para a Espanha. Mais solta, especialmente pelo fato de o Chile sair ainda mais para o jogo, a atual campeã europeia passou a controlar a partida. No entanto, apresentando os mesmos problemas dos dois primeiros confrontos, a equipe de Vicente Del Bosque acabou ficando mais exposta e sofrendo com a velocidade dos adversários.
Com 35 minutos, o Chile teve nova oportunidade para estufar a rede rival; no entanto, pecou novamente na finalização: Beausejour recebeu frente à frente com o goleiro Casillas, mas perdeu a passada e chutou para fora, dividindo com o zagueiro Piqué. E a chance perdida, como a do início do duelo, não foi perdoada pelo time espanhol.
O prejuízo no placar obrigou o técnico argentino Marcelo Bielsa a mudar a postura do Chile para a segunda etapa. Logo depois do intervalo, El Loco colocou o atacante de referência Paredes e o meia-atacante Millar nas vagas do ex-palmeirense Valdívia e de Mark González. E, com menos de dois minutos, o comandante viu sua alteração surtir efeito.
Depois de uma boa armação ofensiva, a bola chegou aos pés de Millar, na entrada da área. O meia chileno arrematou colocado e contou com o desvio de Piqué para estufar as redes, iniciando a reação sul-americana na cidade de Pretória. Sonolenta nos instantes iniciais, a Fúria despertou para a parte final do confronto depois do tento assinalado pelo time de Bielsa.
Entretanto, a reação ensaiada pelo Chile acabou minada. Com dez atletas dentro de campo, a equipe de Marcelo Bielsa pouco atacou e ameaçou a Espanha. Em contrapartida, a Fúria, sossegada com o resultado positivo, apenas administrou a partida, sacramentando a liderança do grupo H, depois do susto da derrota na estreia para a Suíça.
Ficha técnica
Chile 1x2 Espanha
Local: Estádio Loftus Versfeld, Pretória
Data: 25/06, sexta-feira
Árbitro: Marco Rodríguez (MEX)
Gols: David Villa aos 24’/1T e Andrés Iniesta aos 37’/1T (Espanha); Rodrigo Millar aos 2’/2T (Chile).
Cartões Amarelos: Gary Medel, Waldo Ponce, Marco Estrada (Chile)
Cartão Vermelho: Marco Estrada (Chile)
Chile
1-Claudio Bravo, 4-Mauricio Islã, 17-Gary Medel, 3-Waldo Ponce e 18-Gonzalo Jara; 8-Arturo Vidal, 13-Marco Estrada e 11-Mark González (20- Rodrigo Millar no intervalo); 7-Alexis Sánchez (16-Fabian Orellana aos 20’/T), 10-Jorge Valdívia (22-Esteban Paredes no intervalo) e 15-Jean Beausejour. Técnico: Marcelo Bielsa.
Espanha
1-Iker Casillas, 15-Sergio Ramos, 5-Carles Puyol, 3-Gerard Piqué e 11-Joan Capdevila; 14-Xabi Alonso (20-Javier Martínez aos 28’/2T), 16-Sergio Busquets, 8-Xavi Hernández e 6-Andrés Iniesta; 7-David Villa e 9-Fernando Torres (10-Cesc Fábregas aos 9’/2T). Técnico: Vicente del Bosque.
Gazeta Press
Foto: Reuters
Boa! Agora vamos esperar o Brasil nas oitavas e ver o que vai dar! Abraços.
ResponderExcluirSaudações!
ResponderExcluirAmigo ROBERTO:
Nesse post você caprichou na explanação com detalhes que não tinha percebido... A cada dia você está ficando muito melhor em tão nobre seguimento esportivo!
Parabéns por mais um post de conteúdo e qualidade!
Abraços,
LISON.
Alquimistas vai ser um grande jogo contra os Chilenos.Abraços
ResponderExcluirLison é sempre uma honra a sua visita.Abraços amigo
ResponderExcluirRoberto
To achando que foi o Brasil que escapou da Espanha do jeito que o Brasil jogou ontem e do jeito que a Espanha jogou .
ResponderExcluirO Brasil eh que escapou da Espanha. Do jeito que tá, vai tomar de lavada se pegar qualquer seleção de alto nível.
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