Após o Iraque revelar que a Al-Qaeda planejava um ataque na África do Sul durante a Copa do Mundo, o alto membro da rede terrorista preso naquele país revelou nesta terça-feira que as delegações da Holanda e da Dinamarca eram os alvos das ações. O saudita Abdullah Azam Saleh al-Qahtani, de 30 anos, ainda disse que as torcidas destas seleções também poderiam ser atacadas.
"O objetivo era atacar as seleções da Dinamarca e da Holanda e os seus torcedores", afirmou Qahtani, preso numa operação feita ainda em abril no Iraque, que resultou na morte de dois altos líderes da Al-Qaeda. "Se não conseguíssemos atingir as seleções, então atacaríamos os torcedores", continuou o terrorista.
Qahtani contou que a ideia surgiu no fim do ano passado. "Nós discutimos a possibilidade de nos vingar pelos insultos ao profeta [Maomé] atacando Dinamarca e Holanda", disse o saudita. A motivação contra os países europeus veio da polêmica criada ainda em 2008, quando jornais dinamarqueses e holandeses estamparam charges e caricaturas de Maomé, provocando revolta no mundo islâmico.
O terrorista ainda revelou que a intenção era usar armas e carros-bomba nas ações. Para Qahtani, seria mais fácil atacar as seleções na África do Sul do que nas próprias nações europeias. Mesmo assim, o plano ainda precisava da aprovação do líder no comando da Al-Qaeda atualmente, o egípcio Ayman al-Zawahiri.
Enquanto a África do Sul espera maiores informações do Iraque para dar seu parecer sobre o incidente, a Fifa afirmou nesta terça que não comentará qualquer possibilidade de ameaça à Copa do Mundo de 2010.
Crédito: Qassim Abdul-Zahra/AP
AE-AP - Agência Estado
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