segunda-feira, 11 de julho de 2011

México vence Uruguai e é bi-campeão Mundial sub-17

A seleção mexicana foi coroada campeã mundial sub-17 neste domingo no gramado do Estádio Azteca, mesmo cenário onde craques como Pelé e Maradona protagonizaram alguns dos maiores momentos da história do futebol. O Uruguai levou a pior diante do selecionado anfitrião e continua sem nunca ter erguido o maior troféu da categoria.

Antes da tensa final entre astecas e charruas, a decisão do terceiro lugar foi marcada por futebol ofensivo e muitos gols. Após sair na frente e levar a virada, a Alemanha conseguiu buscar o resultado e vencer o Brasil por 4 a 3.

Resultados
México 2 x 0 Uruguai (final)
Alemanha 4 x 3 Brasil (decisão do terceiro lugar)

O gol do dia
Giovani Casillas (47/2ºT), México x Uruguai
O gol de Casillas não foi o mais bonito do dia, mas a reação dos quase 100 mil torcedores no Estádio Azteca ao lance que começou em um contra-ataque nos instantes finais foi simplesmente bombástica. No momento em que os uruguaios estavam desesperados em busca do gol do empate, Casillas recebeu a bola de Arturo González e chutou cruzado para definir o placar e gerar cenas de pura alegria na Cidade do México.

Momentos marcantes 
Alemanha e México, uma história de amor
Foi um pouco estranho ver os torcedores no Estádio Azteca apoiando a Alemanha com tanto fervor, especialmente depois de uma semifinal em que os germânicos foram muito vaiados pela torcida em Torreón e quase eliminaram os donos da casa. Acontece que o futebol ofensivo dos alemães contagiou os mexicanos, que apreciaram o desempenho de Samed Yesil e Cia. na vitória por 4 a 3 sobre o Brasil e deram o devido reconhecimento ao ataque mais positivo do torneio, com 24 gols marcados em sete jogos. Os torcedores vestidos de verde atiraram sombreros e mandaram beijos enquanto os alemães faziam uma inesperada volta olímpica após o apito final. O técnico Steffen Freund chegou até mesmo a colocar na cabeça um dos chapéus típicos mexicanos na coletiva de imprensa após o jogo, dizendo adiós e muchas gracias em um espanhol capenga, mas com um largo sorriso.

Colossal Azteca faz a diferença
Apesar do apreço pelo belo futebol dos alemães, o grande amor da torcida local sempre foi a seleção mexicana. Pode até parecer clichê falar em 12º jogador, mas a imponência do Estádio Azteca lotado pareceu valer por dois atletas a mais em campo. Os futuros campeões mundiais puderam ver a multidão ainda antes da final: enquanto Brasil e Alemanha davam um show de gols na decisão do terceiro lugar, os jovens esticaram a cabeça para fora do túnel por alguns momentos. Percebidos pela massa, foram saudados com uma vibração tão intensa quanto a combinação de assovios e vaias dada quando da entrada dos uruguaios em campo. Mas aquilo era apenas o prelúdio de 90 minutos em que os fanáticos torceram, gritaram e até cantaram "está chegando a hora" para comemorarem a vitória por 2 a 0 e o segundo título mundial sub-17.

Gómez, craque do torneio
O afeto e a gratidão pelo meio-campista Julio Gómez ficaram claros durante a grande final. O jogador do Pachuca havia sido o destaque da vitória na semifinal depois de fazer dois gols e ficar em campo mesmo com a cabeça sangrando. Ele começou a decisão no banco, mas os torcedores, muitos deles com a cabeça enfaixada em homenagem ao ídolo, gritaram o nome de Gómez o tempo todo. O meia recebeu a maior vibração da noite ao finalmente entrar em campo (ainda com as bandagens) na metade do segundo tempo. Os jornalistas que fizeram a cobertura do jogo, muitos deles mexicanos, votaram com o coração e o selecionaram como o melhor jogador do torneio por larga margem.

O número
98,943 — Os torcedores que lotaram o gigantesco Estádio Azteca para a final da Copa do Mundo Sub-17 da FIFA 2011. Eles apareceram em enorme número para apoiarem o México e quebraram o recorde de maior público de uma final do torneio em 26 anos de história. A média de público dos 52 jogos da competição foi de 19.275 espectadores.
FIFA.com

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