sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Surpresa africana! Mazembe bate Pachuca e pega Internacional na semi

Uma animada bandinha com torcedores do TP Mazembe não conseguiu silenciar durante os 90 minutos de ação do representante da República Democrática do Congo pelas quartas de final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA 2010. Também pudera: sua equipe aprontou uma surpresa, nesta sexta-feira, ao derrotar o mexicano Pachuca por 1 a 0 e avançar à semifinal para enfrentar o Internacional.

Foi uma vitória histórica para o Mazembe, sua primeira na competição, depois dos dois reveses sofridos na última edição, também disputada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos.

No mesmo palco, o time africano abriu o placar no primeiro tempo com o mesmo atacante, Mbenza Bedi, que anotou aos 21 minutos. Desta vez, porém, conseguiu se segurar à frente com bela atuação do goleiro Muteba Kidiaba, ao contrário do que aconteceu em 2009, sofrendo um revés de virada diante do Pohang Steelers, por 2 a 1.

O Mazembe, que também foi derrotado pelo Auckland City FC no ano passado, na disputa pelo quinto lugar, agora tenta surpreender o campeão sul-americano, no dia 14 de dezembro, próxima terça-feira.

Uma bela jogada e Waka Waka
A segunda partida nos Emirados Árabes Unidos 2010 foi equilibrada, na qual uma jogada muito bonita, de técnica e força, dos africanos fez a diferença. O talentoso Mulota Kabangu dominou a bola na ponta esquerda e, de costas para a linha lateral, deu um passe preciso com a parte externa do pé para Bedi, que desceu embalado por trás e chutou firme, em diagonal, com o peito do pé, para estufar a rede.

A banda dos torcedores aí esquentou de vez, usando sua corneta para animar seu time e o público em Abu Dhabi, muitas vezes evocando a música oficial da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010, "Waka Waka (This Time For Africa)", hit global na voz da estrela colombiana Shakira.

A partir do gol, a equipe congolesa procurou trocar passes, para administrar o resultado e tentar chamar o rival mexicano para seu campo e buscar contra-ataques para explorar sua velocidade. Uma estratégia que funcionou por boa parte do primeiro tempo, mas acabou se tornando perigosa na segunda etapa.

Resistindo à pressão
O Pachuca demorou para despertar em campo, mas conseguiu encontrar seu futebol no quarto final de jogo, passando a exercer uma forte pressão. Kidiaba, todavia, se livrou sem tomar um gol, fazendo boas defesas, demonstrando muita capacidade atlética, e contando também com a sorte em duas ocasiões, quando o oponente acertou a trave.

A primeira saiu aos 19 minutos, antes mesmo do gol, com Alejandro Manso, que disputa sua segunda edição da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, depois de ter sido vice-campeão com a LDU em 2008, no Japão. O argentino recebeu um lançamento pela esquerda, invadiu a área e bateu cruzado, numa paulada. Por cobertura, a bola estourou no poste esquerdo. O segundo grande susto veio aos 64 minutos, quando Raul Martinez arriscou de muito longe, mirando a forquilha, e acertou a quina do travessão.

Nos últimos minutos, já com o grandalhão Herculez Gomez centralizado na área e com o veloz paraguaio Edgar Benitez em campo – nas duas substituições que o técnico Pablo Marini procurou fazer para reforçar seu setor ofensivo –, até mesmo o arqueiro Miguel Calero chegou a avançar à área do Mazembe, em cobrança de escanteio, em busca de um golzinho salvador de empate, mas em vão.

Debaixo da baliza, os africanos contaram com o reflexo de Kidiaba em lances capitais para assegurar o triunfo marcante e com suas empolgadas cornetas na arquibancada. A banda está pronta para a semifinal.
FIFA.com
Foto: AFP

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