terça-feira, 13 de abril de 2010

Djalma Santos e Dadá Maravilha estão na Calçada da Fama do Maracanã

Em 17 de junho de 1950, ao lado de outros 21 jogadores, o lateral direito Djalma Santos jogava a primeira partida oficial do Maracanã – um confronto entre São Paulo e Rio de Janeiro que terminou com vitória paulista por 3 a 1. No mesmo estádio, 21 anos depois, em 19 de dezembro de 1971, o primeiro Campeonato Brasileiro se encerrava com o título do Atlético-MG  sobre o Botafogo. Vitória do Galo por 1 a 0, gol do atacante Dadá Maravilha.

Agora Djalma Santos e Dadá, dois ícones do futebol brasileiro, estão imortalizados na Calçada da Fama do Maracanã. Ambos estiveram na tarde desta terça feira no estádio e marcaram seus pés no local. Seus nomes ficarão para a posteridade ao lado de Pelé, Garrincha, Romário e Zico, entre outros.

- Já era para eu estar aqui há muito tempo – brincou Dadá Maravilha – Fiz quase 500 gols com a cabeça, então, antes de vir para cá, eu disse que deveria marcar não os meus pés, mas a minha testa – completou, com a mesma irreverência com que cativa torcedores até hoje, aos 62 anos.

Sentado com os pés dentro da caixa de cimento, Dadá Maravilha lembrou o nome dos 16 clubes que defendeu na carreira, destacando o seu “querido” Atlético-MG, time pelo qual se consagrou duas vezes vezes artilheiro do Campeonato Brasileiro (71 e 72) e quatro do Estadual (69, 70, 72 e 74). Com categoria alternou doses do seu característico marketing pessoal com humildade.

- Eu tinha muita estrela, fiz gol de tudo que é jeito. De cabeça, de perna direita, de perna esquerda. Comigo era ‘saco’. Mas isso graças ao meu esforço. Comecei a jogar bola com 19 anos, eu dava canelada, tropeçava nas pernas. Mas me dediquei e hoje estou ao lado deste que é um verdadeiro monstro sagrado do futebol. Se eu tivesse jogado com o Djalma teria feito mais de mil gols – brincou Dadá.

Ao seu lado, de forma bem mais discreta, Djalma Santos agradeceu os elogios.

- Dadá é um amigo, uma pessoa muito descontraída. Está sendo muito bom receber esta homenagem ao lado dele – disse.

Bicampeão mundial com a seleção brasileira nas Copas de 58 e 62, o ex-lateral da Portuguesa, do Palmeiras e do Atlético-PR já tinha o nome gravado na Calçada da Fama desde 2000, mas somente agora pôde deixar a marca dos seus pés.

- Nunca é tarde para completar essa homenagem. Fico muito feliz por ter contribuído para o esporte brasileiro. Estive em quatro Copas (jogou também as de 54 e 66), ganhei duas, perdi duas então não devo nada a ninguém – disse em tom de brincadeira.
Globo.com

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