No primeiro tempo, o Água Santa procurou administrar sua vantagem, especialmente usando seus atletas mais experientes Ricardinho e Rafael Martins, enquanto a Matonense, sem a dupla de ataque titular – Ray suspenso ficou de fora e Thauan lesionado começou no banco – sofria com a falta de entrosamento. Com isso, as poucas chances de gol se resumiram em jogadas de bola parada ou em chutes de longa distância.
Aos dois minutos, o Água Santa teve a primeira chance, em cobrança de falta da lateral que Rafael Mineiro mandou direto para o gol e a zaga cortou. A primeira chance da Matonense foi aos 10 minutos. Após boa troca de passos, Dieguinho ficou de frente para o gol na meia-lua, mas acabou chutando por cima.
O jogo seguiu sem grandes emoções até os 30 minutos, quando o lateral Julio Lopes, que havia trocado o lado esquerdo pela direito, subiu ao ataque e cruzou para a área. Alamir dividiu com o goleiro, levou a melhor e fez 1 a 0 para os donos da casa.
Com o gol, a Matonense se empolgou e partiu para cima. Aos 34, João Gabriel cobrou falta, mas o goleiro Jeferson fez a defesa. No lance seguinte, o Rafael Martins tentou para o Água Santa, mas chutou para fora. A chance mais clara, porém, surgiu aos 39. Após cobrança de escanteio a favor da Matonense, o zagueiro Guilherme cabeceou forte, mas a bola passou indo ao lado do gol.
O segundo tempo começou com a Matonense indo com tudo para cima. Logo aos dois minutos, João Gabriel arriscou de fora da área, mas o goleiro Jeferson fez a defesa. A resposta do Água Santa veio no minuto seguinte. Rafael Mineiro invadiu a área pela esquerda e chutou na trave.
A Matonense voltou a assustar aos cinco. Após cobrança de escanteio de João Gabriel, Caíque apareceu sozinho, mas cabeceou para fora. Ainda precisando de dois gols, o técnico Luiz Carlos Ferreira atendeu os pedidos da torcida e colocou Thauan em campo aos 10 minutos.
A mudança deu certo. Aos 14 minutos, após falta cobrada da intermediária, Thauan antecipou o goleiro e testou forte para fazer 2 a 0 para a Matonense. Foi o 16º gol dele no campeonato. O gol inflamou a torcida da casa que via o título mais perto. Aos 18 minutos, em nova cobrança de falta da intermediária, Alamir marcou seu segundo gol e colocou a Matonense em vantagem.
A partir daí o jogo pegou fogo. Após uma pequena confusão, o jogador matonense Jackson, que havia sido substituído, acabou expulso. Lesionado, Caíque deixou o campo para a entrada de Levi. Márcio Ribeiro também fez as trocas restantes no Água Santa, colocando Marcelinho e Lucas Limão.
Aos 26 minutos, Julio Cesar invadiu a área e na primeira vez que teve que trabalhar o goleiro da Matonense, Cairo, fez uma boa defesa. O jogo seguia corrido, até que aos 31 o zagueiro Cícero foi expulso e deixou o Água Santa com um homem a menos. Com vantagem numérica, a Matonense ainda teve chance de ampliar, mas João Gabriel e Muller desperdiçaram chances claras de gol.
Aos 42, João Gabriel puxou contra-ataque pela esquerda e dessa vez não desperdiçou. 4 a 0 e festa para o time de Matão, que volta a conquistar o título da divisão assim como em 1994, quando conseguiu arrancar rumo à elite paulista pela primeira vez na história.
Ficha Técnica
Matonense: Cairo; Dener, Guilherme, Diogo e Julio Lopes; Caíque (Levi), Jackson (Muller), Diego Pituca e João Gabriel; Junior (Thauan) e Alamir.
Técnico: Luiz Carlos Ferreira.
Água Santa: Jéferson; Dominguinho (Julio Cesar), Cícero, Lucas e Assolan (Lucas Limão); Thiago Batista, Sigmar, Rafael Mineiro e Ricardinho; Danilo (Marcelinho) e Rafael Martins.
Técnico: Márcio Ribeiro.
Árbitro: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral;
Assistentes: Paulo de Souza Amaral e Luiz Quirino da Costa;
Quarto Árbitro: Renato Aparecido Fazanaro Canadinho;
Local: Estádio Hudson Buck Ferreira, em Matão;
Data: Domingo (20), às 10h.
Gols: Matonense: Alamir, aos 30'1T e 18'2T, Thauan, aos 14'2T, e João Gabriel, aos 42'2T.
CA: Matonense: Dieguinho e Levi. Água Santa: Assolan, Julio Cesar, Marcelinho e Cícero;
CV: Matonense: Jackson. Água Santa: Cícero (AGS)
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