sábado, 26 de junho de 2010

Gana vence na prorrogação e manda os EUA para casa

Gana fez história na Copa do Mundo. Pela primeira vez, a seleção chega às quartas de final do Mundial e de quebra iguala ao feito de Camarões e Senegal que já alcançaram esta fase em 1990 e 2002, respectivamente. Além disso, os ganeses mantém vivo o sonho africano de conquistar pela primeira vez a Copa.
Mais a classificação não foi fácil. Após empatar no tempo normal por 1 a 1 com os Estados Unidos, Gana soube aproveitar o bom preparo e marcou com Gyan, logo aos três minutos do primeiro tempo da prorrogação e levou a seleção ao feito histórico. Agora, o adversário será o Uruguai, no próximo dia 2 em Johannesburgo. Ambos podem estar no caminho do Brasil nas semifinais.

A única seleção africana que seguiu na competição, Gana tinha o apoio da maioria dos torcedores presentes em Rustemburgo. Apoiados, os ganeses partiram para a frente em velocidade e foram recompensados. Logo aos cinco minutos, o primeiro gol. Prince Boateng avançou livre com a bola dominada, limpou a marcação e encheu o pé para abrir o marcador para os africanos. Festa e muitas vuvuzelas no Royal Bafokeng.
Os Estados Unidos sentiram o golpe e começaram a errar passes fáceis. Gana bem postada e confiante, continuou apertando os rivais no campo de ataque e buscando o segundo gol. Gyan teve boa chance de ampliar, cobrando falta, mas Howard salvou. Após acalmar-se, os americanos entraram na partida e arriscaram bons ataques, sem muito perigo.
Percebendo a equipe mal em campo, Bob Bradley realizou a primeira alteração aos 30 minutos, ao sacar Clark - que já tinha cartão amarelo - e colocar Edu. Mesmo assim, os ganeses continuaram mantendo maior posse de bola, mas levando pouco perigo. Já os EUA, ainda perdidos em campo, não mostravam criatividade e viram Gana deixar a primeira etapa com a vantagem no marcador e perto de uma inédita vaga nas quartas de final.
ESTADOS UNIDOS VOLTAM PRESSIONANDO E LEVAM A PARTIDA PARA PRORROGAÇÃO
OS EUA voltaram com uma nova mudança, Bradley tirou Findley e colocou Feilhaber. Logo nos primeiros minutos, os americanos mostraram uma postura diferente da primeira etapa e partiram para cima dos ganeses, querendo o empate. Aos quatro minutos, Altidore colocou Feilhaber na cara do gol. Ele bateu rasteiro e obrigou Kingson a fazer ótima defesa.
Com a partida aberta, o jogo ficou emocionante e ganhou contornos dramáticos. A pressão americana cresceu, obrigando Gana a jogar nos contra-ataques. De tanto martelar, os EUA chegaram ao empate. Aos 15, Dempsey recebeu na área e foi derrubado por trás por Jonathan. Donovan cobrou o pênalti com precisão, a bola ainda tocou na trave, mas morreu no fundo do gol de Kingson.
Após o empate, o jogo ficou truncado. As duas seleções mostraram cautela para se expor ao ataque. Os Estados Unidos seguiram melhores em campo, criando algumas oportunidades, só que a virada não aconteceu e pela primera vez nesta Copa uma partida foi para a prorrogação.
GANA FAZ HISTÓRIA NA COPA DO MUNDO E SE IGUALA A CAMARÕES E SENEGAL
As duas equipes voltaram mostrando cansaço. Porém aos três minutos da prorrogação, Gyan recebeu lançamento de Ayew, ganhou de Bocanegra e soltou a bomba para colocar Gana em vantagem. Com o tento assinalado, Gyan assume a artilharia do Mundial ao lado de Donovan, Villa, Vittek, Higuaín e Suárez. Com o gol, os americanos acordaram na partida, mas o cansaço prejudicou a equipe de Bob Bradley que não conseguiu esboçar reação.
No segunda tempo da prorrogação, os americanos sairam para o ataque, mas sem forças viram Gana tocar a bola a fazer história. Com a vitória, os ganeses chegam pela primeira vez na história às quartas de final de uma Copa do Mundo, igualando o feito de Camarões em 1990 e do Senegal em 2002. Além disso, mantém a África viva na Copa e o sonho de um país do continente, que está sendo sede do Mundial, ser campeã pela primeira vez.
FICHA TÉCNICA:
ESTADOS UNIDOS (0) 1X1 (1) GANA

Estádio: Royal Bafokeng, em Rustemburgo (AFS)
Data/hora: 26/6/2010 - 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Viktor Kassai (HUN)
Auxiliares: Gabor Eros (HUN) e Tibor Vamos (HUN)
Cartões amarelos: Clark, Cherundolo, Bocanegra (EUA); Jonathan, Ayew (GAN)
Cartões vermelhos: Nenhum
GOLS: Prince Boateng, 5'/1ºT (0-1); Donovan, 16'/2ºT (1-1); Gyan, 3'/1ºT Prorrogação (1-2);

ESTADOS UNIDOS: Howard; Cherundolo, DeMerit, Bocanegra e Bornstein; Bradley, Clark (Edu, 30'/2ºT), Dempsey e Donovan; Findley (Feilhaber, intervalo) e Altidore (Gómez, 1'/1ºT Prorrogação). Técnico: Bob Bradley.
GANA: Kingson; Pantsil, John Mensah e Jonathan; Inkoom (Muntari, 6'/2ºT Prorrogação), Annan, Prince Boateng (Appiah, 31'/2ºT), Ayew, Asamoah e Sarpei (Addy, 27'/2ºT); Gyan. Técnico: Milovan Rajevac.

http://www.lancenet.com.br/ 
Foto: Reuters

Suárez faz dois e coloca Uruguai nas quartas de final

Era mesmo para ser sofrida, suada a classificação do Uruguai às quartas de final da Copa do Mundo. Depois de enfrentar a repescagem para chegar à Copa e empatar com a França na estreia, a Celeste (muito graças a Suárez, autor dos gols) derrotou a Coreia do Sul por 2 a 1 neste sábado, pelas oitavas, e garantiu vaga na fase seguinte. A seleção dirigida por Oscar Tabárez aguarda o adversário que sai do confronto entre Estados Unidos e Gana, ainda neste sábado, às 15h30 (de Brasília)
O JOGO
Nem sempre a primeira impressão é a que fica. A Coreia do Sul entrou em campo dando pinta de que tornaria as coisas complicadas para o Uruguai. Logo aos 4 minutos, Chu-Young, o camisa 10, cobrou falta e acertou a trave. Até que...
A reação uruguaia foi letal. Quatro minutos depois do susto, a Celeste contou com a colaboração do goleirão sul-coreano Sung-Ryong para abrir o placar. Um cruzamento rasteiro de Forlán, vindo da esquerda, passou na frente do camisa 1 e sobrou para Suárez, sozinho abrir o placar.
O Uruguai teve o domínio total da partida até os 30 minutos. Atordoados após o gol, os asiáticos sofreram certa pressão, mas nada que assustasse Sung-Ryong. A postura da Coreia do Sul mudou, o time passou a marcar no campo de ataque e equilibrou as ações.
COREIA CHEGA AO EMPATE
Os Park - Ji-Sung e Chu-Young - eram os mais efetivos do ataque sul-coreano. No entanto, as tentativas de longa distância pouco incomodaram Muslera, e o Uruguai conseguiu levar a boa vantagem para o intervalo.
O time asiático voltou dos vestiários com a mesma postura do início do jogo. Desta vez, no entanto, a pressão foi mais constante. Aos 7 minutos, Chu-Young perdeu excelente chance de empatar ao isolar a bola, livre de marcação já dentro da área.
O domínio da Coreia do Sul era evidente. Os Park continuavam fazendo tabelas e envolvendo a defesa uruguaia. A Celeste recuou inexplicavelmente. Logo, o gol de empate não demorou a sair. Lee Chung-Yong, aos 22, fez o gol do merecido empate.
SUÁREZ VOLTA A BRILHAR
Suárez tentou recolocar o Uruguai no jogo. E as finalizações do atacante serviram para acordar a Celeste. Com a tradicional raça, os jogadores apertaram a marcação e voltaram a mandar no jogo. E a pressão deu certo: aos 35, Suárez fez um golaço e recolocou o Uruguai na liderança do placar.
Os coreanos foram para o tudo ou nada e quase conseguiram o empate, cinco minutos depois. Dong-Gook recebeu livre, cara a cara com Muslera, e tocou rasteiro. A bola passou por baixo do goleiro uruguaio e caminhou mansamente até quase sobre a linha. Até que Lugano chegou e afastou. Estava escrito: a Celeste está de volta.

FICHA TÉCNICA
URUGUAI 2x1 COREIA DO SUL
ESTÁDIO: Nelson Mandela Bay, Porto Elizabeth
DATA E HORA: Sábado, 26 de junho de 2010, às 11h (de Brasília)
ÁRBITRO: Wolfgang Stark (ALE)
AUXILIARES: Mike Pickel e Jan-Hendrik Salver (ALE)
CARTÕES AMARELOS: Kim Jung-Woo, Cha Du-Ri (COR)
GOLS: Suárez (1-0), 8'/1ºT; Lee Chung-Young (1x1), aos 21'/2ºT; Suárez (2-1), aos 35'/2ºT
URUGUAI: Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Godín (Victorino, intervalo) e Fucile; Pérez, Arevalo, Álvaro Pereira (Lodeiro, 28'/2ºT) e Forlán; Suárez (Fernández, 39'/2ºT) e Cavani
T: Oscar Tabárez
COREIA DO SUL: Jung Sung-Ryong; Cha Du-Ri, Cho Yong-Hyung; Kim Jung-Woo e Lee Young-Pyo; Ki Sung-Yueng (Ki-Hun, 39'/2ºT), Lee Jung-Soo, Kim Jae-Sung (Lee Dong-Gook, 15'/2ºT), Lee Chung-Yong e Park Ji-Sung; Park Chu-Young
T: Huh Jung-Moo
Foto: Getty Images
http://www.lancenet.com.br/

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Com empate sofrível e sem gols, Suíça e Honduras se despedem

Com uma defesa eficaz e um ataque estéril, a Suíça apenas empatou com Honduras por 0 a 0, nesta sexta-feira, em Bloefomtein, e não conseguiu a classificação para as oitavas de final na Copa. O time de Ottmar Hitzfeld acabou em terceiro no Grupo H, atrás da líder Espanha e do Chile.
Suíça e Honduras entraram em campo sabendo que precisavam vencer para avançar na competição. A missão suíça era fazer 2 a 0, enquanto os Hondurenhos precisavam de ao menos 4 a 0 para não depender de outro resultado.
Aos 10 minutos, a Suíça teve a primeira chance da partida. Gokhan Inler tabelou com Tranquilo Barnetta e bateu de canhota, para fora. Honduras chegou perigosamente ao ataque dois minutos depois, com o veloz David Suazo sendo lançado por Jerry Palacios dentro da área, mas o goleiro Diego Benaglio se antecipou e ficou com a bola.
Eren Derdiyok, que jogou no lugar de Alexander Frei, teve grande chance de marcar aos 16 minutos. Tranquilo Barnetta cruzou da direita para o atacante cabecear de peixinho, mas errou o alvo.
Honduras conseguiu uma grande chance de contra-ataque aos 25 minutos. David Suazo recebeu no centro do ataque e avançou, mas abriu demais no seu passe para Wilson Palácios. Com isso, o jogador apenas cruzou e seu irmão, Jerry Palácios, tocou de cabeça para ninguém, dando de graça a bola aos suíços.
A Suíça teve nova chance.Derdiyok cruzou da direita e Nkufo tocou de peito, para ninguém chegou no meio para aproveitar e a zaga tirou.
No segundo tempo, Barnetta deve boa chance aos 14 minutos. Em contra-ataque, o meia tabelou e teve espaço para tentar o chute da entrada da área, mas chutou no meio do gol, para defesa do goleiro. Três minutos depois, foi a vez de Derdiyok ter a chance e bater igualmente no meio do gol, perdendo outra chance.
Em um contra-ataque hondurenho aos 25 minutos, David Suazo passou para Jerry Palácios, que recebeu e tocou bem, mas Benaglio fez grande defesa e mandou para escanteio.
Dois minutos depois, a Suíça chegou pela direita e a bola ficou passeando pela área, até Alexander Frei, que entrou minutos antes, chutar para fora, travado pelo zagueiro hondurenho.
Com os suíços todos no ataque, Honduras passou a ter espaço para contra-ataques seguidos. O time da América Central atacava no mano a mano ou até com um jogador a mais, mas perdia chances atrás de chances com passes errados ou individualismo dos jogadores.
Honduras teve um contra-ataque bem aproveitado. Edgar Álvarez fez a jogada e tocou para Suazo, que tocou para o gol vazio. O juiz marcou impedimento, mas o replay mostrou que o atacante estava atrás da linha da bola.
O final de jogo, com as defesas abertas, a Suíça também perdia gols. Em cruzamentos para a área, Frei e Hakan Yakin perderam chances, pelo chão e de cabeça, respectivamente.
O resultado fez Honduras ser eliminada sem marcar um só gol na competição. A Suíça, que marcou apenas o gol da vitória sobre a Espanha, saem da Copa sem marcar mais nenhum gol.
Ficha técnica
Suíça 0x0 Honduras
Local: Estádio Free State, Bloemfontein
Data: 24/06, sexta-feira
Árbitro: Hector Baldassi (ARG)
Cartões Amarelos: Hendry Thomas, David Suazo, Osman Chavez e Wilson Palacios (Honduras); Gelson Fernandes (Suíça)
Suíça
1-Diego Benaglio, 2-Stephan Lichtsteiner, 5-Steve Von Bergen, 13-Stephane Grichting e 17-Reto Ziegler; 7-Tranquilo Barnetta, 8-Gokhan Inler, 6-Benjamin Huggel (23-Xherdan Shaqiri aos 33’/2T) e 16-Gelson Fernandes (15-Hakan Yakin no intervalo); 19-Eren Derdiyok e 10-Blaise Nkufo (9-Alexander Frei aos 23’/2T). Técnico: Ottmar Hitzfeld.
Honduras
18-Noel Valladares, 16-Mauricio Sabillon, 2-Osman Chavez, 5-Victor Bernardez e 3-Maynor Figueroa; 17-Edgar Alvarez, 8-Wilson Palacios, 6-Hendry Thomas e 7-Ramón Núñez; 10-Jerry Palácios (12-George Welcome aos 33’/2T) e 11-David Suazo (19-Danilo Turcios aos 41'/2T). Técnico: Reinaldo Rueda.
Foto: AFP
Trivela

Espanha confirma favoritismo, vence Chile e escapa do Brasil

Após o susto da derrota na estreia da Copa do Mundo  da África do Sul, a Espanha, enfim, sacramentou a classificação às oitavas de final do Mundial. Nesta sexta-feira, atuando em Pretória, a Fúria derrotou o Chile pelo placar de 2 a 1 e avançou entre os 16 melhores do torneio. De quebra, a equipe de Vicente Del Bosque conquistou a liderança do grupo H. Apesar do revés, os sul-americanos também disputarão o mata-mata e enfrentarão o Brasil, campeão da chave G, por um lugar nas quartas.
O resultado positivo construído pelos gols de David Villa, que chegou ao terceiro e assumiu a artilharia do Mundial ao lado de Higuaín (Argentina) e Vittek (Eslováquia), e Andrés Iniesta deixou a Espanha com seis pontos após dois jogos, alcançando a mesma pontuação dos chilenos - a Fúria terminou à frente devido ao critério de saldo de gols (quatro contra um).
Somada à classificação, a Espanha encontrou outro motivo para comemorar nesta sexta-feira. A ponta no grupo H fez a atual campeã europeia escapar de um confronto diante do Brasil. Nas oitavas de final, a Fúria fará o clássico ibérico contra Portugal na terça-feira, às 15h30 (de Brasília), na Cidade do Cabo. Já o Chile disputará o duelo sul-americano contra a equipe de Dunga na próxima segunda-feira, a partir das 15h30, em Johanesburgo.
O jogo - Em virtude de as duas equipes apresentarem características bem ofensivas, a partida entre Chile e Espanha começou em um ritmo acelerado, com os europeus tentando impor o seu jogo. Apostando na velocidade da dupla de ataque Fernando Torres e David Villa, a Fúria tomou a iniciativa e mostrou maior agressividade nos primeiros minutos.
Logo aos quatro minutos, depois de um longo lançamento, Torres invadiu a área, mas acabou desarmado no momento do arremate. O susto acordou os sul-americanos, que criaram, de fato, a primeira oportunidade do jogo aos dez. Após bom passe de Valdívia, Beausejour cruzou na medida para Mark González. Completamente livre dentro da área, o meia chileno escorregou e arrematou para longe da meta de Casillas.
Depois de um bom início, o confronto caiu de ritmo e a Espanha, veloz nos instantes iniciais, pecou pela lentidão no ataque. Mas, devido a um erro grave do goleiro Bravo, a Fúria conseguiu abrir o placar. Aos 25 minutos, o camisa 1 chileno tentou afastar de carrinho um lançamento longo para Fernando Torres e chutou a bola no pé de David Villa. Com muita categoria, o jogador do Barcelona chutou de canhota, da intermediária pelo lado esquerdo, e balançou as redes.
O tento trouxe tranquilidade para a Espanha. Mais solta, especialmente pelo fato de o Chile sair ainda mais para o jogo, a atual campeã europeia passou a controlar a partida. No entanto, apresentando os mesmos problemas dos dois primeiros confrontos, a equipe de Vicente Del Bosque acabou ficando mais exposta e sofrendo com a velocidade dos adversários.
Com 35 minutos, o Chile teve nova oportunidade para estufar a rede rival; no entanto, pecou novamente na finalização: Beausejour recebeu frente à frente com o goleiro Casillas, mas perdeu a passada e chutou para fora, dividindo com o zagueiro Piqué. E a chance perdida, como a do início do duelo, não foi perdoada pelo time espanhol.
Logo em seguida à oportunidade dos sul-americanos, a Espanha armou um excelente ataque e conseguiu ampliar o marcador. Após boa troca de bola, David Villa recebeu na esquerda e apenas rolou para Andrés Iniesta na entrada da área. Também com categoria, o meia do Barcelona arrematou no canto esquerdo de Bravo e cravou o 100º gol da Copa do Mundo da África do Sul.
Enquanto o jogador da Espanha explodia na comemoração, o árbitro mexicano Marco Rodríguez tomou uma decisão polêmica. Na construção da jogada do gol, Fernando Torres acabou sendo derrubado à frente da área pelo volante Marco Estrada. Rigoroso, o juiz mostrou o segundo cartão amarelo para o chileno e deixou os sul-americanos com um homem a menos dentro do gramado do estádio Loftus Versfield.
O prejuízo no placar obrigou o técnico argentino Marcelo Bielsa a mudar a postura do Chile para a segunda etapa. Logo depois do intervalo, El Loco colocou o atacante de referência Paredes e o meia-atacante Millar nas vagas do ex-palmeirense Valdívia e de Mark González. E, com menos de dois minutos, o comandante viu sua alteração surtir efeito.
Depois de uma boa armação ofensiva, a bola chegou aos pés de Millar, na entrada da área. O meia chileno arrematou colocado e contou com o desvio de Piqué para estufar as redes, iniciando a reação sul-americana na cidade de Pretória. Sonolenta nos instantes iniciais, a Fúria despertou para a parte final do confronto depois do tento assinalado pelo time de Bielsa.
Entretanto, a reação ensaiada pelo Chile acabou minada. Com dez atletas dentro de campo, a equipe de Marcelo Bielsa pouco atacou e ameaçou a Espanha. Em contrapartida, a Fúria, sossegada com o resultado positivo, apenas administrou a partida, sacramentando a liderança do grupo H, depois do susto da derrota na estreia para a Suíça.
Ficha técnica
Chile 1x2 Espanha
Local: Estádio Loftus Versfeld, Pretória
Data: 25/06, sexta-feira
Árbitro: Marco Rodríguez (MEX)
Gols: David Villa aos 24’/1T e Andrés Iniesta aos 37’/1T (Espanha); Rodrigo Millar aos 2’/2T (Chile).
Cartões Amarelos: Gary Medel, Waldo Ponce, Marco Estrada (Chile)
Cartão Vermelho: Marco Estrada (Chile)
Chile
1-Claudio Bravo, 4-Mauricio Islã, 17-Gary Medel, 3-Waldo Ponce e 18-Gonzalo Jara; 8-Arturo Vidal, 13-Marco Estrada e 11-Mark González (20- Rodrigo Millar no intervalo); 7-Alexis Sánchez (16-Fabian Orellana aos 20’/T), 10-Jorge Valdívia (22-Esteban Paredes no intervalo) e 15-Jean Beausejour. Técnico: Marcelo Bielsa.
Espanha
1-Iker Casillas, 15-Sergio Ramos, 5-Carles Puyol, 3-Gerard Piqué e 11-Joan Capdevila; 14-Xabi Alonso (20-Javier Martínez aos 28’/2T), 16-Sergio Busquets, 8-Xavi Hernández e 6-Andrés Iniesta; 7-David Villa e 9-Fernando Torres (10-Cesc Fábregas aos 9’/2T). Técnico: Vicente del Bosque.
Gazeta Press
Foto: Reuters

Brasil empata e se classifica em 1º lugar

No duelo mais esperado da primeira fase da Copa do Mundo, o Brasil cumpriu seu objetivo principal e ficou com a liderança do Grupo G. Jogou para o gasto, com uma atuação razoável no primeiro tempo e apagada no segundo, e ficou no empate por 0 a 0 com Portugal no estádio Moses Mabhida, em Durban. A partida contra o adversário mais forte da chave, no entanto, acende o sinal de alerta para o time de Dunga, principalmente quanto ao desempenho pouco produtivo de Julio Baptista, substituto de Kaká, e à dependência do ataque pelo lado direito.

O Brasil acumulou sete pontos no Grupo G, contra cinco dos portugueses, quatro dos marfinenses e nenhum dos norte-coreanos. Agora espera a rodada decisiva do Grupo H, nesta tarde (a partir de 15h30m), para conhecer o segundo colocado, que será seu adversário nas oitavas de final, na próxima segunda-feira, às 15h30m (de Brasília).

Com a missão cumprida, o time de Dunga tem a vantagem de percorrer um caminho teoricamente mais fácil até a final. Depois das oitavas, se for avançando, encara Holanda ou Eslováquia nas quartas, e Uruguai, Coreia do Sul, Estados Unidos ou Gana na semifinal. Do outro lado da chave, Argentina, Alemanha, Inglaterra e Portugal batalham por uma vaga na decisão.

As duas seleções apresentaram surpresas em suas escalações. O Brasil, além da entrada de Daniel Alves e Julio Baptista, teve Nilmar substituindo Robinho, poupado. Portugal foi mais radical nas mexidas, com quatro alterações: entraram Ricardo Costa, Duda, o brasileiro Pepe e Danny.

Os primeiros minutos da partida mostraram o objetivo de Portugal com as mudanças: reforçar a marcação, sobretudo pelo lado esquerdo da defesa, e sair no contra-ataque. E foi exatamente pelo lado mais congestionado do campo que o Brasil buscou seus ataques, com Daniel Alves se aproximando de Maicon e tentando achar espaços pelo meio. No outro canto, Nilmar se posicionava às costas de Ricardo Costa, esperando por uma falha. Mas ficava isolado, já que Michel Bastos não avançava, e Julio Baptista não passava por ali.

Se o Brasil avançava com Maicon, Portugal aproveitava o espaço deixado pelo lateral-direito para conseguir seus ataques. Na melhor oportunidade, Coentrão deu passe aéreo da esquerda para Tiago na entrada da área. O meia pegou de primeira, num lance bastante plástico, mas de pouco perigo. O craque Cristiano Ronaldo jogou mais centralizado, em vez de se deslocar pelas pontas, e não assustou. Conseguiu apenas um chute de fora da área, defendido sem problemas por Julio Cesar. Poderia ter uma segunda chance, se Juan não colocasse a mão na bola, interceptando o lançamento de Duda e recebendo cartão amarelo.

A advertência não foi apenas para o zagueiro. Outros seis jogadores - quatro portugueses e dois brasileiros - também ficaram pendurados nos 45 minutos iniciais, às vezes em lances ríspidos. Felipe Melo distribuiu entradas duras e sofreu um pisão de Pepe, que fez o sinal de "1 a 1" para ele, após claro revide. Dunga preferiu não correr risco de ter mais um jogador expulso na Copa, depois de Kaká, e sacou o volante, trocando-o por Josué.

A seleção brasileira, que teve 63% de posse de bola na primeira etapa, esteve perto de tirar o zero do placar. Mesmo isolado, Nilmar teve duas boas chances. Uma foi criada por ele mesmo, após dar chapéu em Ricardo Costa e isolar a bola em seguida. A outra veio em passe primoroso de Luis Fabiano: Nilmar se esticou e conseguiu concluir a gol, mas esbarrou em boa defesa de Eduardo, que espalmou para o travessão. Luis Fabiano também teve a sua oportunidade, cabeceando com estilo após cruzamento de Maicon. A bola passou raspando a trave.

No segundo tempo, Portugal continuou explorando o seu lado esquerdo, onde nos primeiros minutos Cristiano Ronaldo recebeu dois passes livre na ponta. Nos dois lances tentou passe para a área, mas foi impedido por um carrinho providencial de Lúcio, no primeiro, e por uma cabeçada acrobática de Juan no segundo. Os lusos mostravam que estavam mais dispostos a atacar e reforçaram essa estratégia ao trocarem Duda pelo atacante Simão.

Julio Cesar precisou entrar em ação aos 15 minutos, espalmando um chute de Raul Meireles, após desarme de Lúcio em Cristiano Ronaldo, que chegou ao ataque sozinho enfrentando quatro adversários. Enquanto o goleiro era atendido, após choque com o português, e exibia uma proteção nas costas, Dunga mostrava no banco de reservas muita irritação com a falha na marcação.

Vendo o adversário tomar a iniciativa do jogo na segunda etapa, o Brasil tentava variar mais suas jogadas, apostando em Michel Bastos na esquerda. Mas o lateral não teve sucesso nas jogadas de ataque, sendo vaiado por parte da torcida após um cruzamento errado. Pelo meio, a situação também era complicada, com Julio Baptista se movimentando pouco e aceitando facilmente a marcação.

Nos 15 minutos finais, Brasil e Portugal pouco se arriscaram, satisfeitos com o empate zerado no placar. Sem muitas alternativas do meio-campo para frente, Lúcio fez o papel do volante que sai para o jogo, avançando com a bola e procurando um companheiro mais bem colocado. Dunga ainda trocou Julio Baptista por Ramires, que tinha um cartão amarelo e corria o risco de ficar suspenso nas oitavas, e Luis Fabiano por Grafite, que fez sua estreia na Copa.

Nos cinco minutos de acréscimo, Ramires quase marcou, após chute que desviou no adversário e quase traiu o goleiro Eduardo, que se esticou e fez excelente defesa. Permaneceu no placar o 0 a 0, o primeiro do Brasil desde a final de 1994.

Ficha técnica
Portugal 0x0 Brasil
Local: Estádio Moses Mabhida, Durban
Data: 25/06, quinta-feira
Árbitro: Benito Archundia (MEX)
Público: 62.712
Cartões amarelos: Duda, Tiago, Pepe e Fábio Coentrão (Portugal); Luís Fabiano, Juan e Felipe Melo (Brasil)
Portugal
1-Eduardo, 21-Ricardo Costa, 6-Ricardo Carvalho, 2-Bruno Alves e 23-Fábio Coentrão; 15-Pepe (8-Pedro Mendes aos 18’/2T), 19-Tiago, 16-Raúl Meireles (14-Miguel Veloso aos 38’/2T), 5-Duda (11-Simão aos 9’/2T) e 10-Danny; 7-Cristiano Ronaldo. Técnico: Carlos Queiroz.
Brasil
1-Júlio César, 2-Maicon, 3-Lúcio, 4-Juan e 6-Michel Bastos; 8-Gilberto Silva, 5-Felipe Melo (17-Josué aos 43’/1T), 13-Daniel Alves e 19-Julio Baptista (18-Ramires aos 36’/2T); 9-Luís Fabiano (23-Grafite aos 39’/2T) e 21-Nilmar. Técnico: Dunga.

http://globoesporte.globo.com/
Foto: Reuters

Na despedida, Costa do Marfim vence fácil

A Costa do Marfim precisava tirar um saldo de nove gols para conseguir a classificação às oitavas de final da Copa do Mundo. Não conseguiu, e foi mesmo eliminada do Mundial na primeira fase. Todavia, a equipe de Sven-Goran Eriksson se despediu da competição com uma boa vitória, fazendo 3 a 0 na Coreia do Norte, no último jogo das duas equipes pela Copa.
No jogo em Nelspruit, os marfinenses começaram no ataque. Já no primeiro minuto, após lançamento em profundidade, Cheick Tioté dominou a bola, pela direita da grande área, e bateu para a defesa de Ri Myong-Guk que ainda viu a bola subir antes de agarrá-la em definitivo. Depois, aos três minutos, Arthur Boka dominou a bola pela esquerda e arriscou chute de média distância, mas Ri Myong-Guk defendeu. Aos oito, em cobrança de falta, Romaric mandou a bola para o gol. E o goleiro norte-coreano defendeu novamente.
As chances continuaram aos 10 minutos. Pela esquerda, Gervinho tabelou e chegou à linha de fundo, quase na pequena área, para cruzar. Porém, a bola passou em frente ao gol vazio, sem que nenhum marfinense aparecesse para concluir. E, no minuto seguinte, um alarme falso animou ainda mais a equipe africana: após cruzamento de Abdulkader Keita, Didier Drogba desviou a bola para a rede, mas o árbitro Alberto Undiano marcou impedimento. Gervinho voltou a aparecer aos 13 minutos, quando tomou a bola na região da meia-lua, entrou na área, e bateu. Porém, o arremate saiu fraco, para a defesa de Ri Myong-Guk.
Até que, aos 14 minutos, veio o primeiro e merecido gol marfinense. Pela esquerda, a bola foi cruzada rasteira para Yaya Touré. E o meio-campista, da entrada da área, mandou chute rasteiro e colocado, no canto esquerdo de Ri Myong-Guk, abrindo o placar.
Mesmo assim, os Elefantes insistiram no ataque. Aos 17 minutos, da direita, Romaric avançou com a bola e bateu cruzado. A bola fez uma curva e atingiu a trave direita, em mais um lance de perigo. Somente aos 19 minutos a Coreia do Norte teve a sua primeira chance, numa jogada de bola parada: Hong Yong-Jo cobrou falta de longa distância, mandando a bola perto do gol de Boubacar Barry.
Mas de nada adiantou, pois, aos 20 minutos, surgiu o segundo gol do time de Sven-Goran Eriksson. Após cruzamento de Boka, Drogba dominou a bola, virou-se na grande área e bateu forte, no travessão. E, no rebote, Romaric apenas teve o trabalho de cabecear para o gol vazio, fazendo 2 a 0.
Aos 24 minutos, a Coreia do Norte voltou a aparecer. Hong Yong-Jo fez cobrança de falta, e a bola passou perto do gol de Barry, à direita, indo pela linha de fundo. Mas, logo, a Costa do Marfim voltou a aparecer. Aos 31 minutos, Abdulkader Keita aproveitou lançamento da direita para completar, de voleio. A bola passou perto do gol de Ri Myong-Guk. A última grande chance veio aos 38, quando Romaric passou a Gervinho, que entrou sozinho na área e bateu cruzado. A bola resvalou na trave direita antes de sair de campo.
No segundo tempo, as duas equipes alternaram chances. Aos sete minutos, Emmanuel Eboué tabelou, chegou à entrada da área e bateu forte, mas a bola foi acima do gol de Ri Myong-Guk. No instante seguinte, Jong Tae-Se recebeu a bola pela direita, entrou na grande área, e chutou para a defesa de Barry.
Depois, no entanto, o time africano voltou a mandar no jogo. Aos 11 minutos, após escanteio, Yaya Touré foi escorada de cabeça para Drogba. Também de cabeça. o camisa 11 marfinense mandou a bola para fora. E, aos 23, Romaric arriscou chute de média distância, mas Ri Myong-Guk conseguiu espalmar para fora.
O time marfinense conseguiu novo ânimo no jogo com a entrada de Salomon Kalou na vaga de Gervinho. Aos 26 minutos, Kalou recebeu a bola de Yaya Touré na entrada da área, e fintou antes de arriscar o chute para a defesa do goleiro. No minuto posterior, Kalou voltou a aparecer no minuto seguinte, ao receber passe na pequena área. Porém, ao tentar completar de primeira, o atacante bateu por cima do gol.
Depois, foi a vez da Coreia do Norte tentar alguma coisa. Aos 33 minutos, Choe Kum-Chol caminho com a bola e arriscou o chute, mas Barry defendeu. E, aos 36, Jong Tae-Se recebeu a bola livre na direita da grande área, mas não conseguiu o chute.
Todavia, aos 37, o jogo foi definido. Boka caminhou com a bola, da esquerda, e cruzou para a área. E Kalou se antecipou a Ri Myong-Guk para tocar a bola nas redes, marcando o terceiro e confirmando a vitória da Costa do Marfim.
Ficha técnica

Coreia do Norte 0x3 Costa do Marfim
Local: Estádio Mbombela, Nelspruit
Data: 25/06, sexta-feira
Árbitro: Alberto Undiano (Espanha)
Gols: Yaya Touré aos 14'/1T, Romaric aos 20'/1T e Salomon Kalou aos 37'/2T (Costa do Marfim)
Coreia do Norte
1-Ri Myong-Guk, 2-Cha Jong-Hyok, 13-Pak Chol-Jin, 3-Ri Jun-Il, 8-Ji Yun-Nam e 5-Ri Kwang-Chon; 10-Hong Yong-Jo, 17-An Yong-Hak, 4-Pak Nam-Chol e 11-Mun In-Guk (12-Choe Kum-Chol aos 22'/2T); 9-Jong Tae-Se. Técnico: Kim Jong-Hun
Costa do Marfim
1-Boubacar Barry, 21-Emmanuel Eboué, 4-Kolo Touré, 5-Didier Zokora e 3-Arthur Boka; 13-Romaric (7-Seydou Doumbia aos 34'/2T); 19-Yaya Touré e 9-Cheick Tioté; 18-Abdulkader Keita (8-Salomon Kalou aos 19'/2T), 10-Gervinho (15-Aruna Dindane aos 19'/2T) e 11-Didier Drogba. Técnico: Sven-Goran Eriksson
Foto: Reuters
Trivela.com 

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Holanda vence mais uma na Copa e segue 100%

A Holanda desta vez precisou fazer um pouco mais de esforço para vencer Camarões por 2 a 1, nesta quinta-feira, na Cidade do Cabo, e só conseguiu o resultado após a entrada de sua principal estrela, Robben. Os europeus sobraram no grupo E da Copa do Mundo, mesmo sem mostrar o melhor futebol, e conquistaram o primeiro lugar com 100% de aproveitamento. Somente a Argentina teve o mesmo desempenho na competição. Já os africanos voltam para casa com uma decepcionante campanha, sem ter marcado um ponto sequer.
Nas oitavas de final a Holanda vai enfrentar a Eslováquia, segunda colocada no grupo F. Talvez a Holanda seja obrigada a apresentar um pouco mais de seu futebol e tenha mais dificuldades para passar de fase. A ótima notícia é que a seleção poderá contar com seu principal jogador. Robben finalmente estreou na Copa do Mundo e jogou por 20 minutos, que serviram para ganhar um pouco de ritmo de jogo de olho na fase do mata-mata e mostrar como ainda será importante nesta Copa.
Para sair da Copa com a cabeça erguida, Camarões jogou com muita vontade e foi logo ao ataque. Mas o toque de bola eficiente da Holanda controlou o ímpeto dos Leões Indomáveis. Apesar de as duas equipes darem liberdade na marcação, as chances de gol não foram muitas.

Classificada para as oitavas de final, a Holanda quase não fez esforço. Quando quis, soltou-se o suficiente para mostrar superioridade, dominar o jogo e fazer o gol. Por alguns minutos, os europeus chegaram a apresentar um pouco do que todos esperam deles. Junto ao futebol de resultado, entrou a habilidade dos jogadores.
Nas três vezes em que chegou ao ataque com perigo, a Holanda mostrou que tem força. Com jogadas de efeito, os europeus primeiro perderam grande chance com Van Persie, que recebeu belo lançamento, matou no peito, mas chutou em cima do goleiro aos 18 minutos. Depois foi a vez de Kuyt, aos 32, driblar o defensor e chutar para fora. Na última tentativa, finalmente o gol aos 35.
Em linda e rápida troca de passes, Van Persie tabelou com Van der Vaart e recebeu de volta para entrar na área e chutar sem chances para o goleiro camaronês: 1 a 0 sem esforço. Mesmo eliminado, Camarões não desistiu, tentou chegar ao empate e mostrou que a defesa holandesa tem dificuldades quando exigida. O problema é que Eto'o novamente não esteve inspirado.
A Holanda voltou para o segundo tempo em ritmo lento. Garantida em primeiro lugar com o resultado parcial, a seleção entrou para administrar e levar o jogo até o fim. Só que desta vez o toque de bola não foi suficiente para segurar o adversário. Camarões começou a pressionar, a defesa holandesa se enrolou e saiu o empate.
Aos 18 minutos, Van der Vaart fez um pênalti infantil após cobrança de falta de Geremi. Eto'o cobrou bem e marcou seu segundo gol na Copa de 2010. O jogo ficou aberto e bem equilibrado. Inclusive, Camarões passou a pressionar. Enquanto isso, a Holanda continuou com seu ritmo. Até que a estrela entrou em campo
Aos 27 minutos, a grande novidade. Recuperado de lesão na coxa esquerda, Robben entrou em campo pela primeira vez na Copa do Mundo. Ainda sem ritmo, já que não atuava há mais de 20 dias, o atacante não tocou muito na bola. Mas o pouco que fez foi o suficiente para mudar a cara e levar o time à vitória.
Com o seu toque de qualidade, Robben aproveitou o contra-ataque para fazer boa jogada e chutar na trave. No rebote, Huntelaar só teve o trabalho de chutar para o fundo da rede aos 38 minutos e dar a vitória à Holanda.
FICHA TÉCNICA:
CAMARÕES 1 X 2 HOLANDA
Estádio: Green Point, Cidade do Cabo, África do Sul
Data/hora: 24/6/2010 - 15h30 (de Brasília)
Árbitro: Pablo Pozzo (CHI)
Auxiliares: Patricio Bassualto (CHI) e Francisco Mondria (CHI)
Cartão Amarelo: Kuyt, Van der Vaart, Van Bronckhorst(HOL); Nkoulou, M'bia (CAM)
Cartão Vermelho: -
Gols: Van Persie, 35'/1ºT (1-0); Eto'o, 18'/2ºT (1-1); Huntelaar, 38'/2ºT (2-1)

CAMARÕES: Hamidou; Geremi, Nkoulou (Song, 28'/2ºT), M'bia e Assou-Ekotto; Nguemo, Chedjou, Bong (Aboubakar, 10'/2ºT) e Makoun; Eto'o e Choupo-Moting (Idrissou, 26'/2ºT). Técnico: Paul Le Guen.
HOLANDA: Stekelenburg, Boulahrouz, Heitinga, Mathijsen e Van Bronckhorst; Van Bommel, De Jong e Sneijder; Kuyt (Elia, 21'/2ºT), Van der Vaart (Robben, 27'/2ºT) e Van Persie (Huntelaar, 13'/2ºT). Técnico: Bert van Marwijk.

Diário LANCE! 
Foto: Reuters

Japão vence Dinamarca e está nas oitavas

O Japão garantiu seu lugar nas oitavas de final com tranquilidade. Os Samurais precisavam apenas do empate, mas venceram a Dinamarca por 3 a 1, nesta quinta-feira, em Rustenurg, com boa atuação do meio-campista Keisuke Honda, e ficou em segundo lugar no Grupo E, atrás apenas da Holanda.
Precisando vencer, a Dinamarca começou atacando mais. Pela esquerda, Simon Poulsen cruzou para Jon Dahl Tomasson, que não conseguiu tocar e a bola saiu. Depois, o mesmo Simon Poulsen tentou jogada pelo meio e acabou desarmado. Tudo antes dos 10 minutos de jogo.
O Japão só chegou aos 12, mas foi mais perigoso do que a Dinamarca. Em cruzamento para a área, dois japoneses chegavam para marcar e Thomas Sorensen mandou para longe. Menos de um minuto depois, o capitão Makoto Hasebe recebeu ótimo passe dentro da área e chutou forte. A bola passou muito perto, assustando o goleiro dinamarquês.
Sem sentir os dois lances de perigo, a Dinamarca chegou próximo de marcar logo em seguida. Tomasson, aos 13 minutos, recebeu ótimo passe pela esquerda e tocou com categoria, tirando do goleiro Eiji Kawashima,mas a bola passou raspando.
Os Samurais abriram o placar aos 17 minutos. Keisuke Honda ateu falta com muito efeito, no canto do goleiro, e pegou o goleiro Sorensen no contrapé, saindo para a defesa no outro lado.

A Dinamarca tentou o empate em um lançamento de Christian Poulsen para Tomasson, que bateu de primeira. O goleiro Kawashima defendeu e mandou para escanteio.
O Japão abriu 2 a 0 aos 30 minutos. Em nova cobrança de falta, Yasuhito Endo cobrou com categoria e mandou para o fundo do gol. O gol diminuiu o ímpeto da Dinamarca, que passou a dar mais espaços para o Japão e sair com menos velocidade.
O meio-campista Christian Poulsen levou perigo ao gol de Kawashima, mas o arqueiro japonês defendeu bem. Os japoneses conseguiram levar a vantagem de dois gols para o intervalo. Para ser desclassificado, teria que levar três gols.
No segundo tempo, Sorensen quase leva o segundo gol. Em cobrança venenosa de Endo, que levantou na área, Sorensen tentou segurar, a bola escapou e bateu na trave. Uma lambança do goleiro dinamarquês.
Jakob Poulsen, que tinha Acabado de entrar, assustou aos 13 minutos, em chute de fora da área bem defendido por Kawashima. Dois minutos depois, o zagueiro Daniel Agger cobrou falta colocado, mas o goleiro japonês fez nova defesa.
Com a Dinamarca indo ao ataque, Honda tnha espaço para puxar contra-ataques. Aos 27 minutos, o meia recebeu no meio-campo, inverteu para a esquerda nos pés de Endo, que tocou para Yuto Nagatomo cruzar, mas a bola bateu na defesa. Na volta, o próprio Nagatomo bateu para o gol, mas mandou fora.
Aos 33 minutos, a Dinamarca teve grande chance. Soren Larsen dominou no peito e bateu pelo alto e a bola explodiu na trave. Um minuto depois, o meio-campista Hasebe empurrou Agger e o juiz marcou pênalti duvidoso. Tomasson bateu mal, mas pegou o rebote e marcou.
Aos 42, Honda recebeu bola no lado esquerdo, avançou, deu lindo drible em Dennis Rommedahl, ameaçou o chute mas tocou para Shinji Okazaki, sem goleiro, tocar para as redes, fechando o placar em 3 a 1.

Ficha técnica
Dinamarca 1x3 Japão
Local: Estádio Royal Bafokeng, Rustenburg
Data: 24/06, quinta-feira
Árbitro: Jerome Damon (AFS)
Cartões Amarelos: Yasuhito Endo e Yuto Nagatomo (Japão); Christian Poulsen, Nicklas Bendtner e Per Koldrup (Dinamarca)
Gols: Keisuke Honda aos 17’/1T,Yasuhito Endo aos 29'/1T e Shinji Okazaki aos 42'/2T (Japão); Jon Dahl Tomasson aos 35'/2T (Dinamarca)
Dinamarca
1-Thomas Sorensen, 6-Lars Jacobsen, 13-Per Kroldrup (18-Soren Larsen aos 11’/2T), 4-Daniel Agger e 15-Simon Poulsen; 12-Thomas Kahlenberg (21-Christian Erikssen aos 18’/2T), 2-Christian Poulsen e 10-Martin Jorgensen (14-Jakob Poulsen aos 34’/1T); 19-Dennis Rommedahl, 11-Nicklas Bendtner e 9-Jon Dahl Tomasson. Técnico: Morten Olsen.
Japão
21-Eiji Kawashima, 3-Yuichi Komano, 22-Yuji Nakazawa, 4-Tulio Tanaka e 5-Yuto Nagatomo; 2-Yuki Abe, 17-Makoto Hasebe, 7-Yasuhito Endo (20-Junichi Inamoto aos 45'/2T, 8-Daisuke Matsui (9-Shinji Okazaki aos 29’/2T) e 18-Keisuke Honda; 16-Yoshito Okubo. Técnico: Takeshi Okada.

Trivela
Foto: Reuters

Paraguai só empata com a Nova Zelândia, mas garante a vaga

O Paraguai precisava somente de um empate diante da Nova Zelândia para garantir uma das vagas do Grupo F às oitavas de final da Copa do Mundo. E assim foi. Em um jogo com poucas oportunidades de gol, os sul-americanos ficaram no 0 a 0 com os representantes da Oceania e asseguraram o primeiro lugar da chave.

Ainda com o jogo frio, Victor Cáceres cometeu falta e levou cartão amarelo. Nada demais se o jogador não estivesse pendurado. Com a advertência, Cáceres não joga as oitavas de final. O primeiro chute na direção do gol saiu rápido, porém não passou perto. Logo aos quatro minutos, a Nova Zelândia arriscou com Smeltz. Em termos de chute, os representantes da Oceania pararam por aí. A Nova Zelândia tentava apenas com lances de bola levantada na área. Nos 45 minutos iniciais, foram poucas as jogadas de ataque criadas pelos neozelandeses.

Com mais posse de bola e melhor postado em campo, o Paraguai conseguiu suas melhores oportunidades com Caniza, primeiro jogador da Albirroja a participar de quatro mundiais. O capitão atuou em 12 partidas, outro recorde do país. Subindo bem ao ataque, o lateral-direito chutou quatro vezes. A melhor delas aos 19 minutos: após Vítor Cáceres tentar, a bola sobrou para o destaque do primeiro tempo mandar para as redes, mas pelo lado de fora.
Depois das tentativas de Caniza, Cardozo, atacante do Benfica, arriscou de fora da área, aos 39 minutos, mas a Jabulani saiu por cima das traves defendidas pelo camisa 1 Paston. Assim, o primeiro tempo acabou como começou: 0 a 0.

SELEÇÕES SEM SUBSTITUIÇÃO PARA O SEGUNDO TEMPO
As seleções voltaram para a etapa complementar sem alterações. Assim como no início do jogo, a Nova Zelândia arriscou o primeiro chute. Elliott, da entrada da área, chutou bem. O goleiro Villar, do Valladolid (ESP), apenas olhou a bola passar raspando.
Na melhor oportunidade do jogo, um milagre. Aos 16, após um escanteio, Riveros cabeceou, e Paston conseguiu evitar o gol. Na sobra, a zaga conseguiu afastar. Outro bom momento dos sul-americanos foi com Santa Cruz. O camisa 9, com muita força, cobrou falta de longe. O goleiro da Nova Zelândia conseguiu defender no susto.
Um detalhe é que, se a Nova Zelândia ganhasse, se classificaria como primeiro lugar. Mas os "All Whites" terminaram em terceiro no grupo, na frente da Itália. Nas oitavas de final, o Paraguai, líder do Grupo F, enfrenta o segundo colocado do Grupo E, que será definido ainda nesta quinta-feira. O jogo será terça-feira, dia 29, em Pretória.
FICHA TÉCNICA
PARAGUAI 0 X 0 NOVA ZELÂNDIA

Estádio: Peter Mokaba, em Polokwane (AFS)
Data-Hora: 23/6/2010 - 11h (de Brasília)
Árbitro: Yuichi Nishimura (JAP)
Auxiliares: Toru Sagara (JAP) e Jeong Hae-Sang (COR)
Público: 34.850 presentes
Cartões amarelos: Victor Cáceres e Santa Cruz (PAR); Nelsen (NZL)
Cartões vermelhos: -
Gols: -
PARAGUAI: Villar, Caniza, Júlio Cáceres, Da Silva e Morel Rodríguez; Victor Cáceres, Riveros e Vera; Cardozo (Barrios 22/2ºT), Valdez (Benítez 23/2ºT) e Santa Cruz - Técnico: Gerardo Martino.
NOVA ZELÂNDIA: Paston, Reid, Nelsen, Vicelich e Smith; Bertos, Elliot, Lochhead, Fallon (Wood 24/2ºT) e Killen (Brockie 33/2ºT); Smeltz - Técnico: Ricki Herbert.

LANCE!
Foto: Agência Reuters

Itália é eliminada pela Eslováquia

Pouca gente queria acreditar. Muitos achavam que a tradição italiana falaria mais alto. No final das contas, o fraco time da Itália, que nem de perto fez por merecer a defesa do título, acabou mesmo eliminado da Copa do Mundo. Por outro lado, nesta quinta-feira, no estádio Ellis Park, em Joanesburgo, a Eslováquia, ao vencer por 3 a 2, garantiu uma inédita classificação para as oitavas de final.
Desde 2002 o atual campeão mundial não caía logo no início da disputa. E desde 1974 a Azzurra não caía na primeira fase.
Com isso, o Grupo F classificou o Paraguai, que ficou no 0 a 0 com a Nova Zelândia, em primeiro lugar com cinco pontos, e os eslovacos na segunda posição, com quatro pontos. Os neozelandeses, com três pontos, terminaram à frente dos italianos.
A partida começou como todos esperavam, com muita marcação e poucas jogadas ofensivas. Com 15 minutos, nenhuma chance de gol clara apareceu.
Só que aos 24, a Eslováquia abriu o placar. Daniele de Rossi saiu jogando errado e Jurak Kucka, na intermediária, roubou a bola e tocou rápido para Robert Vittek. O atacante, da entrada da área, bateu no canto, sem chances para Federico Marchetti.
E mesmo com a vantagem no placar, os eslovacos seguiam no ataque. Aos 34 minutos, Zedenko Strba arriscou de muito longe e obrigou Marchetti a fazer uma grande defesa. Acuada, a Itália não conseguia sair da defesa, e quando saía, era facilmente desarmada pela defesa da equipe do Leste Europeu.
Tanto que os italianos quase empataram em uma jogada protagonizada pela defesa eslovaca. Após cruzamento, aos 40 minutos, Martin Skrtel cabeceou e a bola passou raspando o travessão de Jan Mucha. Só que no final do primeiro tempo, Vittek ajeitou para Kucka que, de primeira, mandou uma bomba de fora da área, que assustou Marchetti.

No intervalo, o técnico Marcello Lippi fez duas alterações: sacou Domenico Criscito e Gennaro Gattuso e colocou em campo Christian Maggio e Fabio Quagliarella. A Itália, mesmo assim, voltou apagada ainda, e o treinador, com dez minutos, promoveu a estreia de Andrea Pirlo na Copa, no lugar do inoperante Riccardo Montolivo.
Finalmente, aos 17 minutos, Antonio di Natale, de fora da área, colocou a bola com categoria no canto, mas Mucha defendeu – com algum trabalho. Quatro minutos depois, uma chance incrível. Simone Pepe cruzou da direita, o goleiro eslovaco desviou e a bola sobrou para Quagliarella, que dominou no peito e chutou forte. Skrtel, em cima da linha, salvou com o joelho.
Com os italianos no ataque, o contra-ataque estava aberto para a Eslováquia. A primeira oportunidade criada e desperdiçada dessa maneira veio com Miroslav Stoch, aos 24 minutos, chutando de fora. Porém, o segundo gol eslovaco saiu em uma jogada de bola parada, quatro minutos depois. Hamsik cobrou escanteio da direita e a defesa devolveu a bola para ele que, de primeira, bateu para a pequena área e Vittek, artilheiro da partida e agora do Mundial ao lado de Gonzalo Higuaín com três gols, apenas desviou.
A Itália descontou pouco tempo depois, aos 35, em uma boa jogada do ataque. Quagliarella tabelou com Vincenzo Iaquinta na meia-lua e chutou para defesa de Mucha. A bola sobrou para Di Natale que apenas teve o trabalho de empurrá-la para o fundo do gol. O empate veio na sequência, com Quagliarella, mas o árbitro Howard Webb anulou em uma decisão que ainda vai gerar muita confusão.
E aos 43, toda esperança italiana morreu. Kamil Kopunek, que acabara de entrar, recebeu um passe em cobrança de lateral, passou por trás da defesa e tocou por cima de Marchetti. A partida só não foi definida aí, porque aos 46, Quagliarella, da entrada da área, marcou um golaço, com um toque de categoria por cima de Mucha.
Pepe, já aos 49 minutos, teve uma última chance, na pequena área, mas mandou para fora. Final trágico para a atual campeã mundial.

Ficha técnica
Eslováquia 3x2 Itália
Local: estádio Ellis Park, Joanesburgo
Data: 24/06, quinta-feira
Árbitro: Howard Webb (ING)
Público: 53.412
Gols: Robert Vittek aos 24’/1T e aos 28’/2T e Kamil Kopunek aos 43’/2T (Eslováquia); Antonio di Natale aos 35’/2T e Fabio Quagliarella aos 48'/2T (Itália)
Cartões amarelos: Zedenko Strba, Robert Vittek, Peter Pekarik e Jan Mucha (Eslováquia); Fabio Cannavaro, Giorgio Chiellini, Simone Pepe e Fabio Quagliarella (Itália)
Eslováquia
1-Jan Mucha, 2-Peter Pekarik, 3-Martin Skrtel, 16-Jan Durica e 5-Radoslav Zabavnik; 6-Zedenko Strba (Kamil Kopunek aos 41’/2T), 19-Juraj Kucka, 15-Miroslav Stoch, 17-Marek Hamsik e 11-Robert Vittek (9-Stanislav Sestak aos 47’/2T); 18-Erik Jendrisek (22-Martin Petras aos 48’/2T). Técnico: Vladimir Weiss.
Itália
12-Federico Marchetti; 19-Gianluca Zambrotta 5-Fabio Cannavaro, 4-Giorgio Chiellini e 3-Domenico Criscito (2-Christian Maggio no intervalo); 6-Daniele De Rossi, 8-Gennaro Gattuso (18-Fabio Quagliarella no intervalo) e 22-Riccardo Montolivo (21-Andrea Pirlo aos 10'/2T); 10-Antonio di Natale, 7-Simone Pepe e 9-Vincenzo Iaquinta. Técnico: Marcelo Lippi.
Trivela.com
Foto: Agência Reuters

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Alemanha vence, termina em 1º e pega Inglaterra nas oitavas

Nesta quarta-feira, a seleção alemã retornou ao quadro das favoritas ao título da Copa do Mundo. Contudo, a trajetória até a taça não será nada fácil. Com a vitória sobre Gana por 1 a 0, os alemães terão pela frente, já nas oitavas, a Inglaterra. O vencedor do duelo medirá forças com a sensação Argentina, nas quartas de final.
Após ser uma das poucas a encantar na primeira rodada, a tradicional seleção alemã perdeu para a Sérvia em seu segundo jogo e veio para o confronto contra os ganeses como uma incógnita. Para piorar, o artilheiro Klose - expulso na partida contra os ex-iuguslavos - teve que cumprir suspensão. Para o seu lugar, o técnico Joachim Low promoveu o brasileiro Cacau
Líderes do grupo D, com quatro pontos, os africanos se classificavam à próxima fase com um empate. Contudo, a postura dos atletas em campo mostraram que a equipe do técnico sérvio Milovan Rajevac não veio para se defender.
Outra atração inicial foi a arbitragem. Após trabalhar no empate de Inglaterra e Estados Unidos (1 a 1), o trio brasileiro - comandado pelo gaúcho Carlos Eugênio Simon - foi escalado para o decisivo duelo do Grupo D.
O jogo - Com ambas as seleções com reais chances de classificação, o jogo começou parelho. A Alemanha, dispondo de seu meio de campo jovem e veloz, começou mais agressiva e quase abriu o placar nos primeiros dez minutos de jogo.
O meia Lukas Podolski carregou pela esquerda e cruzou rasteiro, o zagueiro ganês Jonathan tentou cortar e quase jogou contra seu patrimônio. Atento, o goleiro Kingson protagonizou uma grande defesa. Em seguida, Muller e Ozil, por diversas vezes, conseguiram abrir espaços e arriscaram bastantes chutes, mas nada de muito efetivo.
Com maior força física, os africanos equilibram o duelo e também ficaram perto de inaugurar o placar do Estádio Soccer City, em Johanesburgo. Aos 25 minutos, após cobrança de escanteio, Gyan ganhou no alto dos zagueiros germânicos e desviou. A bola, fora do alcance do goleiro Neuer, ia em direção do gol, mas o capitão Lahm, em cima da linha, dominou no peito e afastou o perigo.
Apesar das várias investidas, as equipes demonstravam também um receio de se expor em excesso e pôr a perder a classificação. Assim, uma alternativa fugaz para balançar as redes passou a ser a bola parada. Restando 15 minutos para Simon apitar o fim do primeiro tempo, o meia Schweinsteiger cobrou falta venenosa, a Jabulani pingou e quase enganou o arqueiro ganês.
A segunda etapa continuou movimentada e teve um agravante - os gols da Austrália e da Sérvia no outro jogo, que ocorria de forma simultânea e que poderia modificar, drasticamente, a tabela.
Em busca da primeira colocação - que nas oitavas significará um duelo contra a Inglaterra -, Gana ameaçou, logo aos 5 minutos. Asamoah apareceu livre, mas chutou em cima do guarda-metas Neurer.
Dez minutos depois, a falta de pontaria ganesa foi castigada. Ozil, atleta do Werder Bremen, recebeu, ajeitou e chutou com categoria no ângulo. Foi o segundo tento do jogador no Mundial.
O gol não abalou os africanos. Poucos minutos depois, Ayew teve a chance de igualar, mas, novamente, Lahm abafou providencialmente. Sem desespero, os ganeses passaram a contar com a vitória parcial dos australianos (2 a 1), a qual garantia a Gana como o único representantes do continente africano na próxima fase.
Com o apito derradeiro de Simon, a Alemanha terminou em primeiro e terá pela frente a Inglaterra. Os ganeses, apesar de segundo pelo saldo de gols, terão uma missão, teoricamente, mais tranquila: os Estados Unidos.

Ficha técnica
Gana 0x1 Alemanha
Local: Estádio Soccer City, Joanesburgo
Data: 23/06, quarta-feira
Árbitro: Carlos Eugênio Simon (BRA)
Gols: Mesut Özil aos 14’/2T (Alemanha)
Cartões amarelos: Andre Ayew (Gana); Thomas Müller (Alemanha)
Alemanha
1-Manuel Neuer; 20-Jérôme Boateng (2-Marcell Jansen aos 27’/2T), 3-Arne Friedrich, 17-Per Mertesacker e 16-Philipp Lahm; 6-Sami Khedira e 7-Bastian Schweinsteiger (18-Toni Kroos aos 36’/2T); 13-Thomas Müller (15-Piotr Trochowski aos 22’/2T), 8-Mesut Özil e 10-Lukas Podolski; 19-Cacau. Técnico: Joachim Löw.
Gana
22-Richard Kingson; 4-John Pantsil, 5-John Mensah, 8-Jonathan Mensah e 2-Hans Sarpei; 23-Kevin-Prince Boateng, 6-Anthony Annan e 21-Kwadwo Asamoah; 12-Prince Tagoe (11-Sulley Muntari aos 18’/2T) e 13-Andre Ayew (18-Dominic Adiyiah aos 46’/2T); 3-Asamoah Gyan (14-Matthew Amoah aos 36’/2T). Técnico: Milovan Rajevac.

http://www.gazetaesportiva.net/
Foto: AFP

Austrália vence, mas morre abraçada com a Sérvia

A Austrália venceu sua primeira partida na Copa 2010, mas não conseguiu a classicação. A seleção da Oceania venceu a Sérvia por 2 a 1, mas precisava de uma diferença maior de gols para superar os ganeses e avançar às oitavas de final. Já os sérvios conseguiriam a vaga caso conseguissem o empate, mas as chances perdidas no final do jogo impediram-nos de conseguir a classificação.
Os australianos saem da Copa com quatro pontos ganhos (uma derrota, uma vitória e um empate). Os sérvios vão embora como lanternas do Grupo D, com uma vitória e duas derrotas.
Depois de um bom primeiro tempo, a Sérvia cedeu espaços ao adversário e sofreu dois gols. A Austrália chegou a sonhar com a possibilidade da vaga depois de abrir 2 a 0, mas os europeus conseguiram reagir, diminuiram o placar e sufocaram no final do jogo em busca do empate.
O jogo - A Sérvia começou tomando a iniciativa e pressionando a seleção australiana, que não conseguia trocar muitos passes e pouco saía do campo de defesa.
O meia Krasic teve duas boas chances para inaugurar o marcador. Logo aos 5 minutos, ele obrigou o Schwarzer a fazer boa defesa, após um chute cruzado. Aos 12, ele recebeu de Ninkovic, driblou o goleiro, mas finalizou sem direção.
Com uma postura muito defensiva, a Austrália tinha dificuldades para conter os avanços do adversário. Aos 22 minutos, Schwarzer fez mais uma ótima defesa após chute forte do lateral Ivanovic e impediu que o placar fosse aberto.
Aos poucos, os Socceroos (como é conhecida a equipe da Austrália) conseguiram acertar a marcação e equilibraram o duelo. Mesmo assim, não conseguiram criar oportunidades claras de gol.
Em ritmo menos acelerado do que no princípio, os sérvios continuaram buscando o ataque e chegaram a balançar as redes aos 38 minutos, mas Krasic estava impedido e o tento foi anulado pela arbitragem.
Na segunda etapa, as duas seleções começaram fazendo muitas faltas, o que deixou a partida muito truncada. Aos poucos, no entanto, a Austrália foi mostrando sua força ofensiva e finalmente passou a dar trabalho ao goleiro Stojkovic.
Aos 14, ele teve de se esticar para defender a cobrança de falta de Bresciano. Pouco depois, Zigic vacilou na saída de bola e Bresciano soltou mais uma bomba que o goleiro conseguiu espalmar.
O técnico Radomir Antic tentou recuperar o domínio sérvio com a entrada do meia Tosic na vaga de Krasic. Pim Veerbeek respondeu com duas mudanças de uma vez: Holman e Chipperfield nos lugares de Valeri e Bresciano.
A Austrália continuou melhor e abriu o placar aos 23 minutos, quando Tim Cahill aproveitou cruzamento da direita e cabeceou com precisão. Atordoado, o técnico sérvio trocou um atacante pelo outro e colocou Pantelic na vaga de Zigic, mas a seleção da Oceania seguiu com dominando.
Aos 29, Holman teve liberdade para avançar e chutar forte de fora da área para ampliar o marcador. Os dois gols de vantagem e a vitória parcial da Alemanha por 1 a 0 diante de Gana obrigavam os australianos a marcarem mais duas vezes. Já os sérvios precisavam do empate para conquistaram a vaga.
Dez minutos mais tarde, a Sérvia conseguiu diminuir com Pantelic, que aproveitou rebote do goleiro Shwarzer e estufou as redes. Os sérvios partiram com tudo para o ataque e cederam espaços aos autralianos, o que fez com que o jogo ficasse muito aberto e cheio de oportunidades para os dois lados.
Os sérvios ainda tiveram um gol bem anulado e reclamaram de um toque de mão de Culina dentro da área, após cabeçada na direção do gol. O árbitro Jorge Larrionda mandou o jogo seguir e não houve tempo para mais nada. Eliminadas, as duas seleções ficaram com um gosto amargo na boca. Os sérvios por criarem grandes expectativas para este Mundial e os australianos por terem vencido o jogo e ficado fora.

Ficha técnica
Austrália 2x1 Sérvia
Local: Estádio Mbombela, Nelspruit
Data: quarta-feira, 23/06
Árbitro: Jorge Larrionda (URU)
Cartões Amarelos: Aleksandar Lukovic e Milos Ninkovic (Sérvia); Luke Wilkshire, Brett Emerton e Michael Beauchamp (Austrália)
Gols: Tim Cahill aos 24’/2T e Brett Holman aos 28’/2T (Austrália); Marko Pantelic aos 39'/2T (Sérvia)
Sérvia
1-Vladimir Stojkovic, 6-Branislav Ivanovic, 5-Nemanja Vidic, 13-Aleksandar Lukovic e 16-Ivan Obradovic; 22-Zdravko Kuzmanovic (8-Danko Lazovic aos 32’/2T), 18-Milos Ninkovic, 10-Dejan Stankovic, 17-Milos Krasic (7-Zoran Tosic aos 16’/2T) e 14-Milan Jovanovic; 15-Nikola Zigic (9-Marko Pantelic aos 22’/2T). Técnico: Radomir Antic.
Austrália
1-Mark Schwarzer, 8-Luke Wilkshire (19-Richard Garcia aos 36’/2T), 2-Lucas Neill, 6-Michael Beauchamp e 21-David Carney; 7-Brett Emerton, 5-Jason Culina, 16-Carl Valeri (14-Brett Holman aos 21’/2T), 23-Marco Bresciano (11-Scott Chipperfield aos 21’/2T) e 4-Tim Cahill; 9-Joshua Kennedy. Técnico: Pim Verbeek.

 http://www.gazetaesportiva.net/
Foto: Reuters

Inglaterra vence e se classifica para às oitavas

E a Inglaterra espantou a zebra no Grupo C e se classificou para a às oitavas de final ao vencer a Eslovênia por 1 a 0, nesta quarta-feira, no Estádio Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth. Assim como os ingleses, os EUA também se classificaram, e em primeiro na chave pelo número de gols marcados (4 a 2), graças à vitória também por 1 a 0 sobre a Argélia, em Pretoria.

Agora, os Estados Unidos enfrentam o segundo do Grupo D, no sábado, às 15h30 (de Brasília), em Rustenburgo. No dia seguinte, às 11 horas, a Inglaterra encara o primeiro colocado da Chave D, no Estádio Free State, em Blomfontein.

Embora tenha começado um pouco ansiosa, por precisar da vitória, a Inglaterra começou indo para o ataque, mas de maneira desorganizada, apostando principalmente na individualidade de Rooney. Jogando pelo empate, a Eslovênia limitou-se a se postar bem na defesa e tentar encontrar um contra-ataque. Quando a Inglaterra resolveu variar a tática de "bola para Rooney", o time conseguiu marcar. Aos 23, Milner recebeu pela direita e descolou ótimo cruzamento à meia altura para a chegada de Defoe, se antecipando ao marcador para desviar de pé direito.
Depois de finalmente marcar o gol que lhe garantia passagem às oitavas, a Inglaterra conseguiu aplacar a sua ansiedade e passou a tocar a bola com mais qualidade.
Finalmente o jogo coletivo inglês apareceu, principalmente com Gerrard, Rooney e Defoe. Dos principais jogadores ingleses, Lampard era o mais apagado, praticamente sem ser notado em campo.
Ainda no primeiro tempo, a Inglaterra poderia ter ampliado, através de uma boa troca de passes que terminou no chute de Gerrard, que exigiu grande defesa de Handanovic, em dois tempos.
No final da primeira etapa, a Eslovênia resolveu deixar um pouco o campo de defesa, mas ainda sem muito empenho, afinal o empate entre EUA e Argélia também estava lhe garantindo a vaga.

Atacando pouco, a Eslovênia precisou de mais uma hora de jogo para conseguir assustar o torcedor inglês. Aos 22, Novakovic recebeu na área e chutou, mas foi prensado pela zaga. Na volta, Dedic tentou, mas também foi abafado. Na terceira chance, Birsa chutou a primeira em cima da marcação e a segunda à esquerda do gol de James. Passado o susto, a Inglaterra tratou de se cuidar mais na defesa e se arriscar pouco no ataque e torcer até para os EUA não marcarem contra a Argélia, não só para se manter na primeira posição na chave, como também para conter o ímpeto da Eslovênia, também beneficiada com o empate em Pretoria.
Mas o castigo pela apatia eslovena veio nos instantes finais, com o anuncio do gol de Donovan, garantindo a vitória norte-americana, que tirou a Eslovênia da Copa e garantiu os Estados Unidos em primeiro na chave.

Ficha técnica
Eslovênia 0x1 Inglaterra
Local: Estádio Nelson Mandela Bay, Port Elizabeth
Data: 23/06, quarta-feira
Árbitro: Wolfgang Stark (ALE)
Público: 36.893
Gols: Jermain Defoe aos 22’/1T (Inglaterra)
Cartões amarelos: Bojan Jokic, Valter Birsa e Zlatko Dedic (Eslovênia); Glen Johnson (Inglaterra)
Eslovênia
1-Samir Handanovic, 2-Miso Brecko, 4-Marko Suler, 5-Bostjan Cesar e 13-Bojan Jokic; 17-Andraz Kirm (23-Tim Matavz aos 33’/2T), 18-Aleksandar Radosavljevic, 8-Robert Koren e 10-Valter Birsa; 9-Zlatan Ljubijankic (14-Zlatko Dedic aos 17’/2T) e 11-Milivoje Novakovic. Técnico: Matjaz Kek.
Inglaterra
1-David James, 2-Glen Johnson, 15-Mathew Upson, 6-John Terry e 3-Ashley Cole; 16-James Milner, 8-Frank Lampard, 14-Gareth Barry e 4-Steven Gerrard; 10-Wayne Rooney (11-Joe Cole aos 26’/2T) e 19-Jermain Defoe (21-Emile Heskey aos 40’/2T). Técnico: Fabio Capello.

Estadão.com.br  

Crédito: Roberto Candia/AP

Em jogo dramático, Estados Unidos marcam nos acréscimos e vão às oitavas

Depois de mais de 90 minutos de pressão e sofrimento em Pretória, precisou uma bola sobrar livre para a estrela dos Estados Unidos Landon Donovan, já nos acréscimos do segundo tempo, marcar o gol da vitória de 1 a 0 sobre a Argélia e garantir o time nas oitavas de final da Copa do Mundo da África do Sul.
Ainda assombrados com o erro de arbitragem do 2 a 2 contra a Eslovênia, os norte-americanos sofreram novamente com um gol anulado de forma errada no primeiro tempo, mas de maneira dramática, conseguiram a vitória no final.

Além da vaga no mata-mata, o time comandado pelo técnico Bob Bradley também terminou na primeira colocação do grupo C do Mundial. Isso porque no outro jogo da chave, a Inglaterra venceu a Eslovênia apenas por 1 a 0, ficando atrás na tabela por ter marcado menos gols.
Os Estados Unidos começaram mostrando que tinham mais recursos técnicos que os argelinos, ficando mais com a posse de bola, tocando com facilidade no meio-campo e saindo de forma mais incisiva ao ataque
Mas se os meias iam bem na seleção dos EUA, a defesa colocava todo esse trabalho em perigo. Com menos de 10min de jogo, os zagueiros norte-americanos bateram cabeça em pelo menos duas oportunidades, gerando chances de perigo para a Argélia, com uma delas redundando em um chute na trave.
A partir dos 25min do primeiro tempo, a seleção argelina conseguiu equilibrar as ações e até ficar mais com a bola em seus pés, chegando com perigo ao gol rival. Só que os norte-americanos eram perigosos nos contra-ataque. Tiveram pelo menos duas boas chances, incluindo um gol anulado de forma errada.
O segundo tempo começou tenso por conta do resultado da outra partida da chave. A Inglaterra foi para o intervalo vencendo a Eslovênia por 1 a 0, resultado que eliminava norte-americanos e argelinos se o jogo entre eles terminasse empatado.
A Argélia não iniciou tão recuada quanto na etapa anterior, mas também mostrava fragilidade em seu setor defensivo. Sempre que os norte-americanos Donovan, Altidore e Dempsey ficavam no mano a mano com os zagueiros rivais, levavam vantagem.
Nos momentos mais nervosos da partida, se faltava habilidade aos jogadores dos Estados Unidos, sobrava vontade. Os argelinos apostavam nos toques rápidos, mas não encontravam uma maneira de entrar na defesa adversária, sempre bem postada.
Sem condições de chegar com efetividade ao ataque, a seleção da Argélia voltou a ficar mais em seu campo de defesa, para tentar usar as saídas rápidas.
Quando poucos acreditavam que um gol poderia sair para qualquer um dos lados, os norte-americanos conseguiram se superar. Já nos acréscimos do segundo tempo, após bola rebatida pela defesa argelina, ela sobrou livre para Donovan marcar e confirmar a vitória dramática dos EUA.
Ficha técnica
Estados Unidos 1x0 Argélia
Local: Estádio Loftus Versfeld, Pretória
Data: 23/06, quarta-feira
Árbitro: Frank de Bleeckere (BEL)
Público: 35.827
Gols: Landon Donovan aos 46'/2T
Cartões amarelos: Jozy Altidore e DaMarcus Beasley (Estados Unidos); Hassan Yebda, Anthar Yahia e Mehdi Lacen (Argélia)
Cartão vermelho: Anthar Yahia (Argélia)
Estados Unidos
1-Tim Howard, 12-Jonathan Bornstein (7-DaMarcus Beasley aos 35'/2T), 15-Jay DeMerit, 3-Carlos Bocanegra e 6-Steve Cherundolo; 4-Michael Bradley, 19-Maurice Edu (14-Edson Buddle aos 19'/2T), 10-Landon Donovan e 8-Clint Dempsey; 17-Jozy Altidore e 9-Herculez Gomez (22-Benny Feilhaber no intervalo). Técnico: Bob Bradley.
Argélia
23-Rais M’Bolhi, 2-Madjid Bougherra, 5-Rafik Halliche e 4-Anthar Yahia; 21-Foued Kadir, 19-Hassan Yebda, 8-Mehdi Lacen e 3-Nadir Belhadj; 13-Karim Matmour (10-Rafik Saifi aos 40'/2T) e 15-Karim Ziani (17-Adlène Guedioura aos 24'/2T); 11-Rafik Djebbour (9-Abdelkader Ghezzal aos 22'/2T). Técnico: Rabah Saadane.
UOL
Foto: Agência Reuters

terça-feira, 22 de junho de 2010

Coreia do Sul empata com a Nigéria e está nas oitavas

Em jogo muito emocionante na cidade de Durban, a Coreia do Sul empatou em 2 a 2 com a Nigéria, nesta terça-feira, e garantiu a segunda colocação do Grupo B. Com isso, a equipe enfrentará o Uruguai nas oitavas de final da Copa do Mundo. A partida acontecerá no no dia 26, em Port Elizabeth.

Os sul-coreanos iniciaram a partida atrás de um gol, que lhe deixaria muito próxima da classificação. E já no primeiro minuto Rabiu Afolabi tocou errado na zaga nigeriana, a bola ficou com Park Ji-Sung, que cruzou para Lee Chung-Yong, de carrinho, mandar para fora.

A Coreia do Sul continuava melhor no jogo e Ki Sung-Yueng, aos oito minutos, chutou forte, por cima do gol defendido por Vincent Enyeama. As Super Águias apareceram bem no ataque pela primeira vez aos 12 minutos. E foram perfeitos. Chidi Odiah fez boa jogada pela direita e cruzou. Kalu Uche ganhou de Cha Du-Ri e tocou rasteiro para abrir o placar.

A Nigéria melhorou na partida e teve duas boas chances para ampliar. A primeira aos 22 minutos, em chute de Chinedu Obasi, por cima do gol. Depois, aos 35’, Uche chutou muito forte de fora da área e a bola bateu na trave esquerda do gol coreano. Dois minutos depois, porém, a Coreia do Sul empatou. Ki Sung-Yueng cobrou falta para a área e Lee Jung-Soo foi cabecear, a bola bateu na perna do jogador e entrou. Foi a última chance da primeira etapa.

E quando a segunda começou, a Coreia do Sul já virou o jogo. Park Chu-Young cobrou falta de muito perto da área, a bola ainda bateu no chão e entrou no canto esquerdo de Enyeama. Aos nove minutos, em mais uma cobrança de falta, quase Chu-Young ampliou. A bola passou muito perto do gol nigeriano.

O jogo seguiu com total domínio da seleção asiática. A Nigéria pouco criava e assistia aos contra-ataques da Coreia do Sul. Em um deles, aos 17 minutos, Chu-Young quase fez o segundo dele na partida, mas Enyeama fez boa defesa. Mas quem perdeu uma grande chance de gol foi a Nigéria.

Aos 21 minutos, Yakubu Aiyegbeni perdeu o gol mais feito da Copa do Mundo. Ele recebeu a bola na pequena área, sem goleiro e chutou para fora do gol. Sorte dele que, no minuto seguinte, Kim Nam-Il fez pênalti em Obasi. Na cobrança, Yakubo bateu bem e empatou o jogo.

Mesmo com a igualdade, as Super Águias não melhoraram. A Coreia do Sul continuou melhor. Aos 30 minutos, Park quase fez um belo gol, mas seu chute bateu na rede pelo lado de fora do gol de Enyeama. Lee Chung-Yong também teve grande chance em seguida, mas o goleiro nigeriano fez boa defesa.

Mais uma vez, porém, quem teve chance clara para marcar foram as Super Águias. Aos 35, Obafemi Martins ficou na cara do gol, deu um leve toque na bola, mas mandou para fora. Foi a última grande chance da Nigéria para conquistar a classificação para as oitavas de final.

O empate deu a vaga para a Coreia do Sul, que ficou com quatro pontos, na segunda colocação da chave. Nas oitavas, a seleção asiática enfrentará o Uruguai. A Argentina, com nove pontos, ficou na liderança da chave e pega o México. Nigéria e Grécia foram eliminados.

Ficha técnica

Nigéria 2x2 Coreia do Sul

Local: Estádio Moses Mabhida, Durban
Data: 22/06, terça-feira
Árbitro: Olegário Benquerenca (POR)
Gols: Kalu Uche aos 12’/1T e Yakubu Aiyegbeni (Nigéria); Lee Jung-Soo aos 38’/1T e Park Chu-Young aos 9’/2T (Coreia do Sul)
Cartões amarelos: Vincent Enyeama, Chinedu Obasi e Yussuf Ayila (Nigéria); Kim Nam-Il (Coreia do Sul)

Nigéria
1-Vincent Enyeama, 17-Chidi Odiah, 2-Joseph Yobo (21-Uwa Echiejilé no intervalo), 6-Danny Shittu e 5-Rabiu Afolabi; 13-Yussuf Ayila, 20-Dickson Etuhu, 19-Chinedu Obasi e 12-Kalu Uche; 4-Nwankwo Kanu (9-Obafemi Martins aos 12’/2T) e 8-Yakubu Aiyegbeni (18-Victor Obinna aos 25’/2T). Técnico: Lars Lagerback.

Coreia do Sul
18-Jung Sung-Ryong, 22-Cha Du-Ri, 4-Cho Yong-Hyung, 14-Lee Jung-Soo e 12-Lee Young-Pyo; 17-Lee Chung-Yong, 16-Ki Sung-Yueng (13-Kim Jae Sung aos 41’/2T), 8-Kim Jong-Woo e 7-Park Ji-Sung; 19-Yeom Ki-Hun (5-Kim Nam-Il aos 18’/2T) e 10-Park Chu-Young (15-Kim Dong Jim aos 48’/2T). Técnico: Huh Jong-Moo.

Foto: Agência Reuters
Trivela

Com mistão, Argentina bate Grécia e reencontra México

Com a primeira posição do Grupo B praticamente assegurada, a Argentina entrou em campo com um time misto e sofreu para superar a retranca da Grécia nesta terça-feira, em Polokwane. Apesar de terem dominado o jogo, os comandados de Diego Maradona só fizeram 2 a 0 com gols no fim do segundo tempo, marcados por Demichelis e Palermo. O resultado confirmou a equipe na liderança da chave, com 100% de aproveitamento; os gregos, que buscaram o empate durante toda a partida, acabaram eliminados.

Nas oitavas de final da Copa do Mundo, a Argentina terá o mesmo adversário que teve em 2006: o México, que ficou com a segunda colocação do Grupo A. A outra vaga do Grupo B ficou com a Coreia do Sul, que empatou com a Nigéria por 2 a 2 e vai enfrentar o Uruguai na próxima fase.
Maradona fez várias trocas na equipe titular, poupando jogadores como Higuaín, Tevez e Mascherano. Messi, porém, começou jogando e recebeu a braçadeira de capitão. Do lado grego, o técnico Otto Rehhagel escalou um time ainda mais retrancado que o normal, com três zagueiros e cinco marcadores no meio, auxiliados pelo capitão Karagounis. Apenas Samaras ficava à frente.
Os primeiros minutos tiveram o cenário esperado: domínio argentino e Grécia retraída no campo de defesa, marcando com nove homens atrás da linha da bola. A primeira chegada de perigo nasceu de uma jogada individual de Agüero. Aos 17min, o atacante escapou pelo meio, invadiu a área e bateu de esquerda para boa defesa do goleiro Tzorvas. No minuto seguinte, Verón arriscou de longe e o camisa 12 espalmou para escanteio.
Sem nenhum poder ofensivo, o time europeu se limitava a defender, com o claro objetivo de segurar o empate. Aos 24min, Verón bateu forte para o meio da área e Bolatti tentou completar de letra, mas errou o tempo da bola. A Grécia insistia em bolas longas para Samaras quando conseguia ficar com a bola; aos 29min, o atacante quase alcançou um ótimo lançamento de Karagounis.
A pressão argentina aumentava, mas os gregos se seguravam. Com 31min, Milito bateu cruzado da direita, a bola atravessou a área e chegou a Agüero. O atacante tentou bater de primeira, mas foi travado na hora do chute.
Messi tentava jogadas individuais, mas recebia uma dura marcação individual de Papastathopoulos. O muro de jogadores gregos à frente da área só foi furado novamente aos 45min, quando Maxi Rodríguez conseguiu dominar cruzamento na área e viu seu chute ser brilhantemente defendido por Tzorvas. O primeiro tempo acabou com 65% de posse de bola argentina e zero chutes a gol da Grécia.
Único jogador criativo do time, Karagounis foi substituído no intervalo pelo lateral esquerdo Spiropoulos, deixando Samaras ainda mais isolado na frente. E o atacante quase abriu o placar aos 2min: ele recebeu lançamento longo da defesa, dominou bem, passou por Demichelis e teve o chute travado; na sobra, com o goleiro Romero batido, chutou cruzado para fora.
A Grécia voltou a ter um meia ofensivo aos 9min com a entrada do garoto Ninis, mas seguiu apostando em lançamentos para o solitário Samaras. Com Messi pouco inspirado, a Argentina não conseguia furar a superlotada defesa adversária. Aos 11min, Clemente Rodríguez arriscou de longe, mas mandou para fora.
Samaras voltou a ter chance de finalizar aos 14min, após brigar com os zagueiros na entrada da área, mas bateu muito longe da meta. Destaque do jogo, Tzorvas voltou a brilhar aos 23min, defendendo chute à queima-roupa de Demichelis sem dar rebote. O zagueiro argentino, porém, superou o goleiro grego aos 32min: após cobrança de escanteio, ele cabeceou em cima de Milito e aproveitou a sobra do lance para estufar as redes.
Messi quase fez seu primeiro gol na Copa aos 40min, após driblar dois adversários na entrada da área e soltar a bomba. Porém, o chute acertou caprichosamente a trave. Três minutos depois, o camisa 10 novamente fez jogada individual e bateu; Tzorvas espalmou e, no rebote, o veterano Palermo conferiu para as redes, em sua estreia em Copas do Mundo.
FICHA TÉCNICA
Grécia 0 x 2 Argentina
Gols: Demichelis, aos 32min, e Palermo, aos 43min do 2º tempo
Grécia: Tzorvas; Papadopoulos, Moras e Kyrgiakos; Vyntra, Katsouranis (Ninis), Papastathopoulos, Tziolis e Torosidis (Patsatzoglou); Karagounis (Spiropoulos); Samaras. Técnico: Otto Rehhagel
Argentina: Romero; Otamendi, Demichelis, Burdisso e Clemente Rodríguez; Bolatti, Verón e Maxi Rodríguez (Di María); Agüero (Pastore), Messi e Milito (Palermo). Técnico: Diego Maradona
Cartões amarelos: Katsouranis(Grécia); Bolatti(Argentina)

Árbitro: Ravshan Irmatov (UZB)
Local :Estádio Peter Mokaba, Polokwane
Foto: AFPTerra

Uruguai vence, mas México também avança

O empate era suficiente para México e Uruguai se classificarem para as oitavas de final, mas no final das contas, a vitória uruguaia por 1 a 0 também serviu para os dois. Melhor para a Celeste, que com o triunfo desta terça-feira, no estádio Royal Bafokeng, em Rustenburg, garantiu a liderança do Grupo A com sete pontos. O México, com quatro, terminou empatado com a África do Sul, mas à frente no saldo de gols (1 contra -2) – a França foi o vexame da chave, com somente um ponto conquistado.

Agora as equipes aguardam a definição do Grupo B para conhecer os adversários na próxima fase. De qualquer modo, o mais provável é que a Argentina fique em primeiro e enfrente os mexicanos. Já a segunda colocação será decidida entre Grécia, Nigéria e Coreia do Sul.

Como muita gente previu, México e Uruguai começaram o jogo sem aparentar qualquer contentamento com o empate. Tanto mexicanos como uruguaios buscavam o ataque, sem, no entanto, criarem chances claras de gols. As bolas alçadas na área, sempre nas mãos dos goleiros Oscar Perez e Fernando Muslera, eram as preferidas.

Somente aos 21 minutos os torcedores nas arquibancadas suspiraram mais profundamente. Andrés Guardado, de muito longe, chutou forte de esquerda e a bola bateu no travessão. Os uruguaios, pelas pontas com Edison Cavani, Luis Suárez e Álvaro Pereira, atacavam mais, mas com pouca objetividade.

Só que, aos 42 minutos, em uma das bolas alçadas na área, Cavani levantou da direita na cabeça de Suárez, que desviou para o chão, sem chances para Perez, e abriu o placar.

No intervalo, o técnico Javier Aguirre tirou Andrés Guardado, que fazia um bom jogo, manteve o veterano e fora de forma Cuauhtémoc Blanco em campo, e colocou Pablo Barrera. Os mexicanos, então, partiram para o ataque, deixando o contra-ataque aberto para os uruguaios.

O México melhorou no jogo, tanto que aos 19 minutos Francisco Rodríguez, livre no centro da área, cabeceou para fora após cruzamento de Barrera. Com o passar do tempo, porém, as duas equipes diminuíram o ritmo. Como no outro jogo a África do Sul vencia a França apenas por 2 a 1, não havia necessidade de correr atrás de algum resultado.

Ficha Técnica

México 0x1 Uruguai

Local: Royal Bafokeng, em Rustenburg
Data: 22/06, terça-feira
Árbitro: Viktor Assai (HUN)
Público: 33.425
Gols: Luis Suárez aos 42’/1T (Uruguai)
Cartões amarelos: Javier Hernández e Israel Castro (México)

México
1-Oscar Perez, 5-Ricardo Osorio, 2-Francisco Rodríguez, 15-Hector Moreno (8-Israel Castro aos 11’/2T) e 3-Carlos Salcido; 4-Rafael Márquez, 6-Gerardo Torrado e 18-Andrés Guardado (7-Pablo Barrera no intervalo); 17-Giovani dos Santos, 9-Guillermo Franco e 10-Cuauhtémoc Blanco (14-Javier Hernández aos 18’/2T). Técnico: Javier Aguirre.

Uruguai
1-Fernando Muslera, 16-Maximiliano Pereira, 2-Diego Lugano, 6-Mauricio Victorino e 4-Jorge Fucile; 15-Diego Pérez, 17-Egidio Arévalo, 11-Álvaro Pereira (19-Andrés Scotti aos 31’/2T); 10-Diego Forlán, 9-Luis Suárez (20-Álvaro Fernandez aos 39’/2T) e 7-Edison Cavani. Técnico: Oscar Tabárez.

http://www.trivela.com/Default.aspx
Foto: Reuters

África do Sul se despede bem; França vergonhosa

O sonho da África do Sul acabou. A equipe é a primeira de um país-sede da Copa do Mundo a ser eliminada na primeira fase de um Mundial. No entanto, os comandados de Carlos Alberto Parreira se despediram de um bom modo: aproveitaram-se da crise que vitimou a seleção francesa nos últimos dias, e fizeram 2 a 1, deixando os Bleus na última posição do grupo A, em jogo realizado na cidade de Bloemfontein, nesta terça-feira.
Entretanto, nos primeiros dez minutos de jogo, foi a França que chegou mais ao gol. No minuto seguinte a uma chance de Bernard Parker, que Gaël Clichy cortou, André-Pierre Gignac recebeu passe da esquerda, entrou na área, e bateu rasteiro, para a defesa do goleiro Moeneeb Josephs. Depois, aos 10, em cruzamento para a área, a bola foi parar na cabeça de Djibril Cissé, que mandou de cabeça, direto para as mãos de Josephs.
Até que, aos poucos, a África do Sul começou a atacar. Aos 17, Sibaya arriscou chute de média distância, mas a bola passou muito por cima do gol de Hugo Lloris. E, aos 20, o time de Carlos Alberto Parreira fez 1 a 0. Pela esquerda, Siphiwe Tshabalala cobrou escanteio, a bola passou sobre Lloris e sobrou para Bongani Khumalo cabecear para o gol vazio, abrindo o placar em Bloemfontein.
Logo depois do gol, aos 21, a França quase chegou. Yoann Gourcuff veio pela esquerda e cruzou rasteiro para Gignac. Porém, o atacante francês virou-se e chutou para fora.

E, depois, aos 25, a África do Sul conseguiu estabelecer seu domínio em campo. Katlego Mphela dominou a bola pela esquerda, e correu cortando para o meio. Mesmo marcado pela defesa, o atacante sul-africano arriscou o chute rasteiro, e a bola saiu à direita de Lloris.
Se a situação francesa já estava complicada, ficaria ainda mais dramática no minuto seguinte. Em disputa de bola com Sibaya, Gourcuff acabou acertando o cotovelo no rosto do meio-campista sul-africano e recebeu diretamente o cartão vermelho do árbitro colombiano Oscar Ruiz.
Depois, a pressão continuou. Aos 34, Tshabalala mandou a bola para fora, em cobrança de falta. E, finalmente, aos 37, surgiu o segundo gol sul-africano. Tshabalala cruzou a bola da primeira vez, mas Abou Diaby desviou. Na sobra, Aaron Mokoena retomou a posse e chegou à linha de fundo, de onde cruzou rasteiro. E Mphela teve apenas o trabalho de desviar para as redes, fazendo 2 a 0.
O vexame francês quase foi aumentado no minuto seguinte. Parker recebeu a bola livre na área, e finalizou para as redes, mas estava impedido. Aos 40 minutos, uma leve reação francesa: Franck Ribéry cobrou falta de média distância, mandando a bola para o gol, mas Josephs espalmou para fora, em defesa bonita.
Mas a última chance no primeiro tempo veio mesmo dos Bafana Bafana. Aos 43 minutos, Mphela recebeu perto da área e arriscou o chute rasteiro, para boa defesa de Lloris, que espalmou para escanteio.
No segundo tempo, a África do Sul continuou em busca do gol. Aos quatro minutos, Parker dominou a bola após receber de Tshabalala, virou-se e bateu, mas Lloris agarrou sem problemas. Dois minutos depois, pelo meio, houve grande chance do terceiro gol da equipe da casa. Tshabalala fez passe em profundidade, que deixou Mphela livre para chutar. E o camisa 9 sul-africano mandou a bola na trave esquerda de Lloris, perdendo boa chance de ampliar a vantagem.
A França ainda pressionou aos nove minutos, quando Bacary Sagna deixou a bola com Cissé, que bateu de primeira, por cima do gol de Lloris. Porém, logo, os sul-africanos retomaram o domínio: aos 13 minutos, Mphela recebeu passe de Tshabalala, e arriscou arremate, mas Lloris fez ótima defesa, espalmando para escanteio.
As duas equipes alternaram chances novamente depois. Aos 14 minutos, Ribéry chegou pela esquerda, fintou o zagueiro e preferiu chutar a passar para Thierry Henry, mas mandou a bola para fora. Aos 17, mais uma bola foi mandada a Mphela, pela direita, e o atacante bateu em cima de Lloris. A bola ainda rebateu no atacante, e bateu na rede pelo lado de fora.
No entanto, a França conseguiu ganhar um pequeno ânimo, ao marcar o seu primeiro gol. Aos 25 minutos, Sagna caminhou com a bola dominada, desde o meio-campo, e passou a Ribéry, em profundidade. O camisa 7 francês escapou da linha de impedimento, chegou livre à área e tocou para Florent Malouda, que completou para o gol vazio, diminuindo para a França.
Tshabalala ainda criou duas chances, aos 35 e 46 minutos de jogo. Mas o gol de Malouda era o último, na participação final das duas equipes na Copa do Mundo.

Ficha técnica
França 1x2 África do Sul
Local: Estádio Free State, Bloemfontein
Data: 22/06, terça-feira
Árbitro: Oscar Ruiz (COL)
Gols: Bongani Khumalo aos 20'/1T e Katlego Mphela aos 37'/1T (África do Sul); Florent Malouda aos 25'/2T (França)
Público: 39.415
Cartão amarelo: Abou Diaby (França)
Cartão vermelho: Yoann Gourcuff (França)
França
1-Hugo Lloris, 2-Bacary Sagna, 5-William Gallas, 17-Sébastien Squillaci e 22-Gaël Clichy; 18-Alou Diarra (10-Sidney Govou aos 37'/2T) e 19-Abou Diaby; 11-André-Pierre Gignac (15-Florent Malouda no intervalo), 8-Yoann Gourcuff e 7-Franck Ribéry; 9-Djibril Cissé (12-Thierry Henry aos 10'/2T). Técnico: Raymond Domenech.
África do Sul
1-Moeneeb Josephs, 5-Anele Ngcongca (2-Siboniso Gaxa aos 10'/2T), 4-Aaron Mokoena, 20-Bongani Khumalo e 3-Tsepo Masilela; 6-MacBeth Sibaya, 23-Thanduyise Khuboni (11-Teko Modise aos 33'/2T), 8-Siphiwe Tshabalala, 10-Steven Pienaar; 9-Katlego Mphela e 17-Bernard Parker (18-Siyabonga Nomvethe aos 23'/2T). Técnico: Carlos Alberto Parreira. 
Trivela.com
Foto: Getty Images

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Espanha desencanta, vence Honduras e segue na briga

Depois de uma estreia decepcionante com derrota para a Suíça por 1 a 0, a Espanha reacendeu seu apelido de "Fúria" e mostrou um belo futebol, vencendo facilmente o fraco time de Honduras por 2 a 0, nesta segunda-feira, no Estádio Ellis Park, em Johannesburgo. O atacante David Villa foi o nome do jogo, marcando dois gols e desperdiçando um pênalti no segundo tempo.

Os espanhóis sufocaram desde o início da partida, com as características que encantaram o mundo nos últimos anos: velocidade e toques rápidos e envolventes no setor ofensivo. Pegando um adversário com bem mais deficiências técnicas na parte defensiva do que os suíços, os comandados de Vicente del Bosque tinham um prato cheio para aplicar uma goleada histórica, como fez Portugal sobre a Coreia do Norte mais cedo (7 a 0).
Porém, Fernando Torres, Villa, Xavi e companhia esbarraram nos erros de finalização. Fernando Torres demonstrou durante a partida que ainda não está 100%, mesmo recuperado da lesão no joelho direito. Por diversas vezes, o camisa 9 teve oportunidades de marcar gols, sem nenhuma marcação dos hondurenhos, mas lhe faltou pontaria na hora do arremate.
Mesmo com a exibição mais convincente, os espanhóis ainda terão que mostrar muito mais futebol se esperam passar de fase com tranquilidade na Copa do Mundo. Na última rodada, a "Fúria" terá pela frente os chilenos, líderes do Grupo H, e necessitará de uma vitória para avançar às oitavas e garantir o primeiro lugar da chave - evitando, assim, um possível confronto precoce contra o Brasil no Mundial.
O técnico Vicente del Bosque fez duas alterações em relação ao time que perdeu da Suíça na estreia. Iniesta (machucado) e David Silva deram lugar a Jesús Navas e Fernando Torres entre os titulares. Do lado hondurenho, o grande destaque foi a volta do atacante David Suazo, do Genoa (ITA), que desfalcou o time na primeira rodada por lesão.
Como esperado, a Espanha começou pressionando e mantendo a posse de bola. Com 4min, David Villa cruzou da esquerda para Torres, mas o atacante do Liverpool (ING) não pegou bem na bola. Dois minutos depois, foi o próprio Villa quem finalizou com estilo de fora da área, acertando o travessão.
Acuada no campo defensivo, Honduras não conseguia sair para o jogo. Aos 10min, Xavi levantou na segunda trave e Sergio Ramos entrou de cabeça, mas desviou para fora. Pouco depois, Villa recebeu pela esquerda, puxou para o meio e chutou com perigo, à direita da meta.
Logo depois da primeira chegada perigosa dos hondurenhos, com Suazo, a Espanha finalmente abriu o placar. Aos 17min, Villa dominou novamente na esquerda, passou no meio de dois marcadores, fintou mais um para a direita e bateu no ângulo de Valladares: um golaço.
O domínio continuou do lado espanhol após o gol. Honduras tentava marcar com duas linhas de quatro, mais um volante entre elas, deixando Suazo sozinho na frente. Porém, o time de Vicente del Bosque trocava passes rápidos e mantinha a bola no pé. Aos 32min, Sergio Ramos avançou pela direita e cruzou na cabeça de Torres; de novo, o camisa 9 errou a finalização.
O centroavante da Espanha parecia longe de sua melhor forma após ficar longo tempo parado por lesão. No lance seguinte, ele fintou a zaga dentro da área, mas bateu muito mal, por cima do gol. Com 36min, recebeu lindo lançamento de Xavi, mas concluiu em cima do goleiro; o lance, porém, já estava incorretamente anulado por impedimento.
Melhor em campo, Villa merecia a expulsão aos 40min por um tapa no rosto de Izaguirre fora do lance, mas o árbitro japonês Yuichi Nishimura não viu a agressão. O camisa 7 ficou em campo e ampliou o marcador aos 6min da segunda etapa: ele dominou na entrada da área, chutou de pé direito e a bola desviou na zaga, deixando Valladares batido no lance.
A entrada de Welcome no ataque ao lado de Suazo não surtiu efeito para Honduras, e a Espanha perdeu a chance de fazer o terceiro aos 16min. Jesús Navas foi derrubado na área por Izaguirre, mas Villa bateu muito mal o pênalti e mandou para fora. Foi a primeira penalidade desperdiçada pela Espanha na história das Copas do Mundo.
Honduras pouco ameaçava, a não ser em lances individuais de Suazo, que bateu para fora com perigo aos 21min. Fàbregas substituiu Xavi pouco depois e quase marcou em seu primeiro lance: ele recebeu lançamento e driblou o goleiro, mas teve o chute salvo em cima da linha por Chávez. Com 23min, Sergio Ramos bateu forte da entrada da área, mas a bola desviou na zaga e saiu para escanteio.
Núñez tentou fazer Casillas trabalhar aos 39min, mas o chute foi para fora - assim como todas as outras finalizações hondurenhas da partida. Com 41min, Villa recebeu dentro da área, mas demorou para concluir e foi travado pela zaga, na última grande chance espanhola da partida.
FICHA TÉCNICA
Espanha 2 x 0 Honduras
Gols:  David Villa, aos 17min do 1º tempo e aos 6min do 2º tempo
Espanha
Casillas; Sergio Ramos (Arbeloa), Piqué, Puyol e Capdevila; Busquets, Xabi Alonso e Xavi (Fàbregas); Jesús Navas, Fernando Torres (Juan Mata) e David Villa. Técnico: Vicente del Bosque
Honduras
Valladares; Mendoza, Chávez, Figueroa e Izaguirre; Wilson Palacios; Martínez, Guevara, Turcios (Núñez) e Espinoza (Welcome); David Suazo (Jerry Palacios). Técnico: Reinaldo Rueda
Cartões amarelos
Honduras: Turcios e Izaguirre
Árbitro
Yuichi Nishimura (JAP)
Local
Estádio Ellis Park, Johannesburgo

Terra
Foto: Reuters